Pacificar, este foi o verbo mais repetido entre os políticos de Mauá nas primeiras horas após a posse oficial do prefeito Atila Jacomussi (PSB), nesta terça-feira (10). O primeiro objetivo do retorno do socialista é buscar acertar as arestas com os vereadores e para isso o nome de Admir Jacomussi (PRP) é colocado como o principal para conseguir realizar tal feito após a crise que dura 16 meses na cidade.
Jacó, como é conhecido, foi convidado por Atila para comandar a Secretaria de Governo, assim realizando diretamente o contato com o Legislativo. O experiente vereador confirmou o convite, mas considera que primeiramente será uma peça importante dentro da Casa de Leis para depois subir para o Paço.
“Eu acho que neste período inicial, período de bandeira branca, neste momento é oportuno que eu fique lá (Câmara) até que isso aconteça e que se pacifique a situação, depois disso acho que seria muito útil aqui na Administração até pelo conhecimento que eu tenho tanto na área do Executivo quanto no Legislativo e também pela credibilidade que eu tenho na Câmara Municipal”, explicou Admir.
Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (Avante) considera que o convite para Admir Jacomussi é uma ação “inteligente” de Atila em seus primeiros momentos, mas considera que os vereadores devem dar condições para o trabalho do chefe do Executivo. “Câmara tem que dar condições para que o Atila possa governar”, disse.
Ao ser questionado sobre o retorno de Atila, Chiquinho foi direto e apenas salientou que a decisão da 4ª Vara do Direito Público do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) deve ser cumprida. O legislador foi um dos 16 vereadores que votaram pela cassação em 18 de abril e é cotado para ser um dos prefeituráveis nas eleições de 2020.
Volta
Atila Jacomussi assinou o livro de posse pela quarta vez um pouco depois das 10h. Recebeu um grupo de munícipes em seu gabinete. Depois tentou contato com representantes do Governo do Estado e concedeu uma rápida declaração aos jornalistas reafirmando que pretende realizar políticas públicas em áreas como Saneamento Básico, Saúde e Segurança.
Para Admir Jacomussi, a ideia do retorno de seu filho é fazer um trabalho maior, mas sem repetir o cenário estabelecido entre janeiro de 2017 e 9 de maio de 2018 quando ocorreu a primeira prisão do prefeito.
“Eu acho que o Atila está com mais experiência, apesar que ele sempre trabalhou muito desde o início, só que ele deu um arranque muito grande, fez uma divulgação muito ampla e isso criou uma ciumeira desgraçada, muito grande por aí e isso tudo foi muito longe. Vamos seguir o exemplo de Santo André, o (prefeito) Paulinho (Paulo Serra, PSDB) devagarinho foi fazendo as coisas e colhendo”, comentou.