
Projetos ambientais de organizações da sociedade civil têm transformado a realidade de populações de bairros periféricos e áreas de manancial de Santo André. Desde abril, o MDDF (Movimento de Defesa dos Direitos dos Moradores em Núcleos Habitacionais de Santo André) e o Instituto Siades (Sistema de Informações Ambientais para o Desenvolvimento Sustentável) realizam iniciativas para formar cidadãos sustentáveis e agentes comunitários. Os projetos contam, ainda, com apoio do Semasa e recursos do Fumgesan (Fundo Municipal de Gestão e Saneamento Ambiental de Santo André).
Por meio do projeto No Meio da Vila: Sensibilizando Pessoas para o Cuidado com a Cidade, o MDDF fez diversas revitalizações de espaços degradados, principalmente onde há descarte irregular de resíduos. Com intervenções ambientais e artísticas, que ocorreram em várias comunidades, participantes pintaram paredes, colocaram vasos, cones e mensagens contra o descarte de lixo.
Os espaços que receberam melhorias foram duas áreas no núcleo Tamarutaca (vila Guiomar), próximas das ruas Garanhuns e Guarapari, além do centro comunitário; a escadaria da rua Odilon Conceição, no núcleo Gonçalo Zarco (vila Aquilino); uma calçada na avenida dos Estados, no núcleo Ipiranga I (parque João Ramalho); uma viela no núcleo Ipiranga II (parque João Ramalho); e uma calçada da rua Purús, no núcleo Piracanjuba (parque João Ramalho).
Os materiais utilizados nas melhorias, como tintas e vasos, foram reaproveitados das estações de Coleta do Semasa. Após as revitalizações, agentes ambientais e moradores passam a monitorar os locais, de forma a preservar as intervenções e verificar se há transferência de pontos de descarte para outros endereços.
O projeto do MDDF, que está previsto para acabar no fim de julho, também contou com formação prática sobre a temática ambiental e visitas a espaços como Aterro Sanitário de Santo André, cooperativas de reciclagem, ecopontos, Parque do Pedroso e Vila de Paranapiacaba, que são unidades de conservação.
Já o Instituto Siades, por meio do projeto Conexões na Mata Atlântica: uma Rede de Oportunidades para a Conservação, busca sensibilizar e mobilizar a população que vive no entorno do Parque do Pedroso e do Parque Nascentes de Paranapiacaba sobre proteção da biodiversidade, desenvolvimento sustentável para os parques, disposição correta de resíduos sólidos, dentre outros.
A iniciativa pretende despertar o olhar de participantes e moradores para a formação de coletivos ambientais, fortalecendo o protagonismo em ações de proteção, conservação e preservação dos recursos naturais. O projeto acontece por meio de várias oficinas. A partir de setembro, os participantes começam a formular projetos sustentáveis para cada parque, que serão avaliados e monitorados. O encerramento das atividades está previsto para novembro. Boletins e vídeos das ações dos projetos podem ser conferidos no site www.semasa.sp.gov.br/