
O Tribunal de Justiça de São Paulo, ainda não decidiu sobre o pedido de desaforamento (transferência de local) para o júri popular de Roseane Carla dos Santos Silva e de José Nilson da Costa, que são acusados da morte de Renata Miguel da Silva, crime ocorrido em 2013 em Mauá. O júri havia sido marcado para o dia 25 de abril, no fórum da cidade, mas como Roseane havia constituído advogado dois dias antes, para que o defensor tivesse tempo para elaborar a defesa técnica, o júri acabou adiado para o dia 4 de julho.
No mesmo dia do júri, o advogado de defesa de Roseane, Rogério dos Santos, fez o pedido de desaforamento. “O pedido foi feito por conta da influência da família da vítima, que tem reunido pessoas em atos desde a época dos fatos. Inclusive uma testemunha, que não é da defesa e sim do Ministério Público se sentiu ameaçada, por manifestos em frente a sua casa. Ou seja, há uma grande influência na cidade, e é isso que eu queria evitar com o pedido de desaforamento, dando mais tranquilidade às testemunhas”, justificou.
O advogado também lamentou a demora do TJ em decidir sobre o seu pedido. “Essa demora prejudica os réus que estão presos e todos que aguardam o julgamento”. O RD pediu informações ao tribunal sobre o júri e a assessoria de imprensa informou que ainda não há definição. “Inicialmente, o júri estava marcado para o dia 4 de julho, mas houve um pedido de desaforamento pela defesa de Rosane, que ainda está em julgamento. Dessa forma, ainda não há local e data definidos para a realização do júri”, informou.
A mãe de Renata, Angelita Miguel espera que o juri aconteça mesmo em Mauá, no dia 4 de julho como estava previsto. “Não faz sentido tirarem de Mauá, nós somos moradores da cidade, minha filha também era e os réus também são de Mauá. Espero que seja feita Justiça, nem contratamos advogado porque acredito na atuação da justiça. Está nas mãos de Deus”, comentou.