Foram realizadas na tarde desta quarta-feira (22/05), as audiências do caso em que Francisco Augusto de Lima, de 27 anos, foi morto por uma facada desferida pela namorada Agatha Raianne Silva, de 19 anos. O crime aconteceu no dia 3 de fevereiro de 2019, após discussão ocorrida em um churrasco no bairro São José, em São Caetano. A acusada alega que apenas tentou se defender porque estava sendo agredida pelo namorado com chutes. Já a família da vítima sustenta que ela que era violenta.
O juiz Pedro Liao, ao final das audiências das testemunhas de defesa e acusação, definiu que Agatha vai ser submetida a juri popular, sem data definida ainda. O advogado de defesa, Rafael Dias, já adiantou que vai recorrer da decisão.
O RD conversou com a jovem antes do julgamento, que, acompanhada do advogado, falou sobre o ocorrido. Agatha disse ter dado uma facada no namorado em legítima defesa e que, em momento algum, teve a intenção de matá-lo. “Eu fiquei com ele um ano, um mês depois ele começou a me bater. Espero que a justiça seja feita, eu vou falar a verdade, porque muita gente tem falado coisas e muita mentira no meio. Ele queria brigar comigo para sair com os amigos e usar drogas, ele sabia que eu não gostava disso, inclusive no dia do ocorrido estávamos brigando porque eu tentava tirar dele a lata de lança-perfume”, afirmou.
A irmã de Francisco, Mônica, de 26 anos, prestou depoimento como testemunha de acusação e afirmou que Agatha era muito violenta. “Eu tenho fotos do meu irmão em novembro, quando ela o empurrou na frente de um ônibus e ele ficou todo machucado. Um dia na porta da minha casa ela deu um tapa na cara dele, mas ele não terminava, estava cego, apaixonado por ela”. A ex-mulher da vítima, Ana Carolina também esteve no Fórum de São Caetano. O casal teve dois filhos hoje com 7 e 9 anos. Ela negou que Francisco era violento e usuário de drogas, como sustentou Agatha.
O advogado Rafael Dias afirmou que vai recorrer da decisão pois, segundo ele a facada foi um recurso usado pela ré para tentar se defender de injustas agressões. “Ela cometeu o crime em legítima defesa; ela tentou acabar com os chutes e para cessar as agressões ela deu uma facada, jamais ela teve a intenção de matar, ela teve oportunidade de dar outras facadas, mas foi apenas uma, que infelizmente foi certeira”, resumiu.
Outro lado
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