Por volta das 5 horas da manhã desta quinta-feira (11/04) a motorista de uma van escolar atropelou e matou Carlos Caíque da Silva Modesto, de 23 anos, quando este tentou assaltá-la na rua Amazonas, no bairro Cidade São Jorge, em Santo André. Segundo a polícia o homem estava armado e já teria praticado outros roubos com violência. No momento da abordagem não havia crianças no interior do veículo.
A mulher, que pediu para não ser identificada, disse que chegou para pegar um aluno, quando percebeu o homem em atitude estranha parado na rua, logo em seguida ele sacou a arma e anunciou o assalto, a motorista tentou sair de ré com o veículo, mas Modesto entrou em sua frente com a arma em punho, ela então acelerou o veículo e o atropelou. O homem morreu no local.
A polícia informou que a mulher não foi acusada de homicídio, que está protegida pela condição de legítima defesa. O 3º Distrito Policial de Santo André instaurou inquérito para apurar o ocorrido. Com o homem foi apreendido um revólver calibre 32 de fabricação artesanal, que estava sem balas. Ele também estava com dois celulares que teria roubado nas imediações.
Uma segunda vítima de Modesto veio à delegacia e reconheceu, por fotos, o homem que o atacou e levou seu celular. Essa vítima foi agredida com violência por coronhadas na cabeça. Outra vítima, dona do outro celular encontrado com o rapaz, ficou de vir à delegacia para proceder o reconhecimento. Os policiais do 3º DP esperam encontrar outras vítimas, pois há informações que ele agia no bairro há algum tempo. Apesar dos crimes, Modesto nunca tinha sido preso, portanto não possuía ficha criminal. Os policiais também apuraram que o rapaz não ia muito longe de casa para praticar os roubos. Ele morava no mesmo bairro em que acabou morrendo durante uma destas ações.
A mulher conta que trabalha com van escolar há 7 anos e que em abril de 2018 passou por episódio parecido, em outro assalto à mão armada. Questionada sobre o que ocorreu hoje, afirma que não se arrepende e que, na hora, apenas pensou em se defender. “Só temo a Deus, arrependida não estou. Era eu ou ele”, declara a motorista. (Colaborou Letícia Vasconcelos)