Raquel Dodge defende pluralismo de ideias e debates dentro de universidades

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu nesta quarta-feira, 31, que o Supremo Tribunal Federal (STF) mantenha a suspensão liminar de atos judiciais e administrativos que determinaram o ingresso de agentes em universidades públicas e privadas pelo País. A decisão provisória, dada pela ministra Cármen Lúcia neste sábado, 27, atendeu ação da PGR para garantir a liberdade de expressão e de reunião de estudantes e de professores nas instituições de ensino.

A ação foi movida pela PGR após notícias de medidas que proibiram supostas propagandas eleitorais irregulares em universidades pelo País, situação que envolveu ao menos 17 instituições em nove Estados.

Newsletter RD

A chefe do Ministério Público Federal ressaltou hoje em sua fala a importância de se respeitar a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e de divulgar pensamento e o pluralismo de ideia e debates, além da autonomia universitária. Raquel Dodge manifestou-se contrária ao ingresso de agentes públicos a universidades públicas e privadas, ao recolhimento de documentos, à interrupção de aulas e debates e atividades disciplinares docentes e discentes e à coleta irregular de depoimentos.

“Os atos, contudo – aí também abrangidas as decisões judiciais que os autorizaram -, abstraíram desenganadamente os limites de fiscalização de lisura do processo eleitoral e afrontaram os princípios fundamentais já mencionados (direito à livre manifestação do pensamento, à expressão da atividade intelectual artística, científica e de comunicação e à liberdade de reunião), por abstraí-los. Donde, a necessidade desta propositura desta ação para desautorizar os atos praticados e prevenir a expedição ou execução de outros semelhantes”, disse Raquel Dodge.

Receba notícias do ABC diariamente em seu telefone.
Envie a mensagem “receber” via WhatsApp para o número 11 99927-5496.

Compartilhar nas redes