O candidato a deputado federal Rogério Santana (Rede) defendeu a representatividade para a microrregião de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Ex-vereador e secretário municipal, o político disse ter muito cuidado em abordar o eleitor e prometer algo; no entanto garante que, se eleito, vai lutar pelo desenvolvimento econômico, principalmente da microrregião, gerando empregos, e pontua a questão do Hospital Dr. Radamés Nardini, que na sua visão tem que ser estadualizado, deixando para o município a atenção básica e as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). O candidato concedeu entrevista aos jornalistas Carlos Carvalho e Leandro Amarado, do RDTv.
Santana destacou a boa posição geográfica da cidade, citou o Rodoanel, porém a mesma posição privilegiada a cidade não tem quanto à geração de emprego e renda. “Temos 35% da população vivendo com meio salário mínimo, ou seja, subemprego; em 2010 só 15,6% estavam empregados, então a principal questão é trazer investimento para gerar emprego e renda para a cidade. Se pegar um trem no Brás ou outro lugar onde ele fica vazio? O trem só fica vazio em Mauá, temos que gerar emprego aqui”, apontou ao revelar a prioridade se seu mandato, caso eleito.
Para Santana, durante anos Mauá vem sendo deixada de lado pelo governo do estado. “A cidade não tem oferta de trabalho e renda; os principais equipamentos de desenvolvimento estão em Santo André e São Caetano, a delegacia seccional, por exemplo. E Mauá ganhou de presente um presídio em área industrial, quando tinha possibilidade de fazer ali um centro de desenvolvimento empresarial“, relata. Uma explicação para essa falta de atenção, pode estar na representatividade. “De 200 mil que votaram em Mauá, no ano de 2014, 150 mil votaram em candidato de fora da cidade”, relatou.
Outra prioridade da campanha de Rogério Santana é estadualizar o Nardini. “Esse é o debate da década. Celso Daniel já dizia que a saúde é regionalizada, mas temos dificuldades de discutir políticas integradas, dado as discussões que temos no Consórcio Intermunicipal. Temos o Serraria e o Mário Covas, porque não atender a microrregião Mauá, Ribeirão e Rio Grande? Acidentes no Rodoanel vão para o Nardini. A cidade tem uma população com mais de 100 mil pessoas vivendo com meio salário mínimo, 80% depende do SUS. Portando estadualizar o Nardini, significa deixar mais de R$ 100 milhões ano, para a saúde básica e as quatro UPAS”, analisa.
MARINA
Rogério Santana também comentou a queda nas pesquisas da candidata do seu partido à presidência da Republica, Marina Silva. “Como bom cristão sempre mantenho acesa a chama da esperança. Como é possível que uma mulher que foi vereadora, deputada, senadora, disputou a presidência, e não responde a nenhum processo (estar caindo nas pesquisas)? Não sei o que acontece com este país com essa polarização; de um lado o radicalismo pró-PT, em torno do Lula que, na minha opinião, fez os dois melhores mandatos para o país, e o Bolsonaro que representa um pensamento infundado. A Marina não tem conseguido convencer por conta dessa polarização. Acho que isso se deve ao fundo partidário, onde 3 partidos pegam R$ 1,6 bilhão, o tempo de televisão e também a política rasteira, muito baixa. A gente sabe o quanto é caro a contratação das agências. Tiro pela nossa campanha, só agora conseguimos fazer quatro estandartes e alguns perfurados”, comparou.