Após a exoneração de oito secretários de Mauá em menos de 24 após a volta do prefeito Atila Jacomussi (PSB), as demissões continuaram nesta sexta-feira (14). O então chefe da pasta do Verde e Meio Ambiente, Márcio Canuto e outros nove representantes do PSDB pediram para deixar o governo. A onda de saídas também atingiu o PSB Estadual que perdeu duas vagas.
Canuto entregou sua carta de demissão durante a manhã. Tal atitude era pensada antes mesmo da volta de Atila ao comando do Executivo, porém a instabilidade política colaborou para que ação fosse concretizada. “Infelizmente vivemos um momento muito conturbado na política de Mauá, então preferimos deixar o governo para analisar o que vamos fazer em relação ao futuro da cidade. Vamos pensar em algo que seja o menos danoso para a população”, explicou o presidente do tucanato na cidade.
O único nome do PSDB que ainda se mantém na linha de frente do governo Jacomussi é Rosi de Marco, secretária de Promoção Social. A tucana está no primeiro escalão mauaense desde setembro do ano passado e foi escolhida diretamente pelo prefeito.
Na próxima semana, o partido vai se reunir para definir os próximos passos em relação ao seu posicionamento em Mauá. Segundo Canuto, existem duas possibilidades: se manter na base aliada de Atila Jacomussi; ou ficar neutro em relação a política local.
O PSDB passou a apoiar Atila Jacomussi no segundo turno das eleições de 2016 quando o tucano enfrentou o então candidato a reeleição pelo PT, Donisete Braga (atualmente no Pros). Desde então a relação da legenda com o prefeito de amigável, inclusive com os dois vereadores, Jotão e Pastor José, sendo fieis ao socialista durante todo o período.
PSB
Nem mesmo o partido de Atila ficou de fora da onda de exonerações. O então secretário-adjunto de Governo, David Ramalho, e o integrante do Gabinete do Prefeito, Lucas Pedro da Silva, também foram demitidos de suas funções nesta sexta-feira.
Silva é filho do 1º secretário do diretório estadual do PSB, Wilson Pedro, enquanto Ramalho é um dos nomes “históricos” da legenda na região. Tal atitude causou surpresa, pois segundo o próprio chefe do Executivo, o governador Marcio França (PSB) ligou para desejar os parabéns pela volta.
Tanto o PSB estadual quanto França não fizeram grandes pronunciamentos sobre a prisão de Atila Jacomussi e toda a questão que envolvia a investigação da operação Prato Feito, da Policia Federal. Durante o período do governo interino de Alaíde Damo (MDB), o líder do Palácio dos Bandeirantes afirmou que poderia ajudar Mauá financeiramente por causa do decreto de calamidade financeira.