A empresária Cirlene Rabecchini (PSB) é candidata a deputada federal e quer realizar um sonho que alimenta há mais de 20 anos: o de fazer parte da política, o que ela considera um instrumento de transformação social. Mesmo sem fazer parte diretamente da vida pública a empresária do ramo de comunicação visual conta que já tentou sensibilizar políticos, apresentando propostas de projetos, mas viu todas naufragarem, por isso há duas décadas ela alimenta o desejo de ser política.
Nessa trajetória, já esteve filiada ao PSDB, foi apresentada ao PMB (Partido da Mulher Brasileira) e finalmente chegou ao PSB, onde disse que se sentiu “abraçada” pela executiva estadual e agora tenta uma vaga na Câmara Federal. “Eu não pedi para estar candidata a deputada federal, eu fui escolhida, não sei se foi sorte minha, mas é um desafio”, destacou.
Cirlene tentou sair candidata a vereadora em 2.000 – essa estreia teve a mão de Duílio Pisaneschi, duas vezes deputado federal pelo PTB -, mas teve que desistir para se dedicar a sua empresa, depois tentou novamente doze anos depois, mas teve problemas com o PSDB, legenda que deixaria mais tarde. “De lá para cá fiquei mais nos bastidores e fui aprendendo”, comenta e agora, no PSB, diz inspirar-se em Márcio França, candidato à reeleição como governador. “Através de iniciativas pessoas tentei várias vezes propor projetos para ajudar os munícipes, mas não obtive sucesso, então eu cansei, aí eu pensei: um dia vou trilhar esse caminho que é um sonho muito antigo e agora eu tenho a oportunidade de tentar fazer algo pelo nosso município e o nosso estado”, revelou Cirlene.
Ela conta que as dificuldades já comuns para quem faz campanha diante de outros mais experientes ficam maiores para ela porque segundo ela a “política é masculina”. “Me disseram que seria difícil, que os homens não iam permitir, mas eu sou uma pessoa de desafios e quando persigo um sonho eu vou atrás até realizar”.
Sem destacar um projeto específico, Cirlene promete trabalhar dentro do que a lei atribui como função do deputado federal e atuar muito em parceria com as prefeituras da região, elaborando projetos para a conquista de verbas federais para realizá-los. “Para conseguir emendas, é preciso ter projetos tocados por um município e vou brigar por essas emendas e projetos, daí a importância de termos deputados da cidade ou da região e não temos essa representação hoje, ela é mínima, se não ter representação, não tem essa verba. Precisamos de pessoas que saiam daqui e nos defendam lá”.
Sobre estas eleições, mais curtas e com menos recursos, ela conta que, ainda assim há diferenças entre os candidatos. “Quem tem mandato e a máquina tem um poder infinitamente maior, os novos estão colocando a cara para bater, porque não tem equipe, nem fundos, nem doação e tem que pegar o que têm de melhor e fazer com que as pessoas acreditem em você, nesse universo tão grande de candidatos, então é muito complicada então essa eleição”, destacou.