Na volta do recesso parlamentar, a Câmara de Diadema aprovou, na última quinta-feira (2), projeto de lei do Executivo que exclui a PM (Polícia Militar) do Conselho Deliberativo do Fundatran (Fundo de Assistência de Trânsito). Segundo a justificativa da Prefeitura, a iniciativa aconteceu pela falta de indicação por parte da PM. Empresas serão convidadas para participar do grupo.
O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), alega que a não indicação da Policia Militar de um membro para o grupo estava impedindo o funcionamento do Conselho. Para evitar o ato, o Executivo foi obrigado a enviar uma proposta sem a participação de representantes do 24º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano.
O fato irritou os vereadores. “Não é possível que a Polícia não queira participar deste Conselho. É importante que a corporação faça parte da segurança do trânsito da cidade. Infelizmente, foi tomada uma decisão que apenas prejudica a cidade”, disse o vereador Ronaldo Lacerda (PT).
Na mesma propositura, o Executivo indicou a inclusão das empresas MobiBrasil e Benfica, responsáveis pelo transporte público, para entrarem no Conselho Deliberativo. “O fato de o transporte coletivo estar completamente pautado pelo sistema viário e suas limitações, sendo fundamental incluir os operadores de transporte coletivo nesse contexto de modo a contribuir com a necessária formatação dos sistemas de trânsito, além de que tal modelo permitirá o estudo de redução de congestionamentos, redução de emissão de poluentes, redução dos acidentes de trânsito, bem como posicionar uma significativa melhoria na qualidade de vida dos munícipes”, justificou.
Não foram divulgadas as justificativas da Polícia Militar para que não indicasse um membro. No caso das empresas de transporte coletivo, ainda não se tem uma resposta, pois na lei, que ainda passará por sanção, o convite é uma “sugestão”. A expectativa é que o projeto seja sancionado apenas próxima semana pelo prefeito Lauro Michels.