Uma semana após a deflagração da operação Prato Feito, da Polícia Federal, os vereadores de São Bernardo aprovaram, nesta quarta-feira (16), um requerimento pedindo informações ao Poder Executivo sobre o que foi apurado até o momento sobre o caso que culminou na exoneração de Carlos Roberto Maciel da Secretaria da Coordenadoria de Assuntos Governamentais. Governistas rechaçam a chance da criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar o caso.
De autoria dos 28 legisladores são-bernardenses, o documento indica quatro perguntas e dois pedidos ao Poder Executivo: Quais pessoas e servidores foram alvos da ordem judicial que culminou na operação? Quais empresas são alvos de suspeitas? Quais firmaram contrato com o município? (Com período de contrato e quem assinou o mesmo). Houve aditamentos nestes contratos? Foi pedido a cópia dos contratos e um resumo das ações da Prefeitura após a deflagração feita na semana passada.
Os questionamentos do Legislativo vão apenas oficializar o que já foi dito internamente pelo prefeito Orlando Morando (PSDB), em reunião que ocorreu na última quarta-feira (9). “O prefeito está tranquilo com essa situação. Temos que deixar claro que o governo não compactua com esse tipo de situação”, disse o líder de governo, Ramon Ramos (PDT).
Sobre a possibilidade de uma CPI como idealizou o vereador Julinho Fuzari (PPS), Ramos considera que não tenha a necessidade, pois o caso já tem uma investigação em curso na Polícia Federal, que “acaba com a possibilidade de investigação na Câmara”. O que não é descartada é um novo requerimento de informações, mas para o Ministério Público Federal (MPF) para tratar sobre o assunto.
Consequências
Até o momento houve duas grandes consequências do caso em São Bernardo. A primeira foi o pedido de exoneração de Carlos Roberto Maciel. A segunda é uma investigação interna que atestará as condições de contratos com 29 fornecedores.