Após três anos de obras paradas, o viaduto que passará sobre a praça dos Bombeiros, no bairro Irajá, em São Bernardo, teve sua intervenção retomada nesta quinta-feira (3). Segundo o prefeito Orlando Morando (PSDB), a finalização do novo equipamento viário acontecerá em 12 meses e terá investimentos de mais R$ 39 milhões, oriundos de financiamento internacional.
O local terá 330 metros, com quatro pistas de rolamento, duas para cada sentido, e conectará as avenidas Rotary e Luiz Pequini, com retirada dos ônibus destas vias e sua transferência para o corredor leste-oeste. “Temos um estudo que aponta que teremos uma melhora de 40% na fluidez do trânsito para o transporte público, trazendo mais qualidade no serviço prestado para a população”, disse o secretário de Transportes e Vias Públicas, Delson José Amador.
Orçado em R$ 81,5 milhões, sendo R$ 42,4 milhões oriundos do governo federal por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade Urbana, o local foi alvo de uma auditoria do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), mas nada de anormal foi constado pela instituição. Apesar do prazo para a entrega dessa obra ter sido estipulado, ainda não se sabe quando haverá a entrega de todo o corredor. Não é cogitado o aditamento para a finalização da intervenção, que será feita pela construtora OS, responsável pela maior parte das obras do município nos últimos anos.
Apesar disso, Morando considera que a retomada da obra pode ser um motivo para que a população volte a acreditar nos políticos. “As pessoas têm motivo para falar mal, pois essa obra está parada há três anos e não dá para admitir. Agora vamos retomar esse viaduto e ele vai ser muito bom para a população dessa região. Será o maior viaduto de estrutura metálica do Estado de São Paulo”, afirmou.
Esse é o terceiro viaduto retomado neste ano pela Prefeitura. O primeiro foi o da avenida Castelo Branco e o segundo é da avenida José Odorizzi. “Estamos retomando as obras que não foram bem planejadas e isso fica claro com os atrasos. Eu só quero retomar obras sabendo qual será o seu início e o seu fim”, completou o chefe do Executivo.
Orlando Morando também afirmou que o abandono da obra resultou na criação de pequenos locais utilizados por usuários de drogas para consumo dos produtos ilícitos. Os mesmos foram levados para os equipamentos públicos, como o CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas), para tratamento. Não foram encontrados moradores de rua no local por onde passará o viaduto da praça dos Bombeiros.