
O número de casos de estupro e estupro de vulnerável (a vítima tem até 14 anos) é preocupante na região. Conforme indicadores disponibilizados pelo balanço mensal da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o ABC saltou de fevereiro para março deste ano, de 29 para 46 registros, um aumento de 58,62%. Do total, 16 são de vulneráveis. A situação se agrava ainda mais se comparada a março de 2017, quando a região registrou 26 casos (12 vulneráveis), uma diferença de 76,92% em relação à violência sexual.
De fevereiro a março de 2018, São Bernardo contou com a situação mais grave em casos de violência sexual. O número saltou de sete para 13 ocorrências, 33% são de vulneráveis. Outro dado alarmante está em Mauá, que passou de três para 11 ocorrências, sendo sete casos vulneráveis, aumento de 233%, seguido de Diadema (seis para 10 em casos vulneráveis), São Caetano (zero para dois), sendo um deles vulnerável e Ribeirão Pires (zero para um vulnerável). Rio Grande da Serra manteve uma ocorrência em cada mês, enquanto Santo André foi a única cidade a apresentar queda nos indicadores: 12 para oito.
Em março de 2017, Santo André liderava o número de estupros na região, com 11 ocorrências, seguido de Diadema (sete), São Bernardo (quatro), metade do que registrado este ano, Mauá (três) e Ribeirão Pires (um). Nesse período, não houve situações de violência sexual registradas em São Caetano e Rio Grande da Serra.
Furtos
Outro dado alarmante que chamou atenção na região foi o número de furtos gerais nas sete cidades, que aumentou em 12% entre fevereiro e março deste ano. No mês passado, houve registro de 1.714 casos, situação saltou para 1.919 em seguida. Em compensação, a região teve queda de situações de furtos, em comparação ao mesmo período de 2017.
São Bernardo passou a liderar estatisticamente o número de furtos, passando de 498 para 582 casos registrados entre fevereiro e março, superando Santo André, que saltou de 549 para 554 ocorrências. O cenário de agravamento se repete em outros municípios, como Mauá (de 250 para 310), Diadema (259 a 275), São Caetano (92 a 119), Ribeirão Pires (50 a 62) e Rio Grande da Serra (16 a 17).
Em março de 2017, o ABC teve 1.939 casos de furtos com Santo André liderando o levantamento com 665 ocorrências, número que representa uma queda em comparação ao mesmo período deste ano. Seguem na mesma linha São Caetano (122), Ribeirão Pires (71) e Rio Grande da Serra (29). Já São Bernardo (534), Mauá (266) e Diadema (252) evidenciaram um agravamento nas situações dessa natureza passado um ano.
Furtos de veículos
Em relação a furtos de carros, entre fevereiro e março deste ano, o ABC registrou um salto de 839 para 949 ocorrências, o que representa aumento de 13,11%. Dos sete municípios da região, São Bernardo foi o único a apresentar queda (174 para 171), enquanto Rio Grande da Serra se manteve estável com um caso em cada mês. No sentido crescimento estão Santo André (342 a 377), Mauá (167 a 188), Diadema (99 a 121), São Caetano (31 a 65) e Ribeirão Pires (25 a 26).
Serve de atenuante para o ABC a comparação com março de 2017, quando as sete cidades somaram 964 casos de furtos de veículos. Na ocasião, Santo André seguiu liderando o quadro (429 ocorrências), seguido de São Bernardo (210), Mauá (144), Diadema (97), São Caetano (53), Ribeirão Pires (27) e Rio Grande da Serra (quatro).