O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), garantiu que o Estado vai ajudar na transformação do Museu do Trabalho e do Trabalhador em Fábrica de Cultura. Durante a visita à São Bernardo, nessa terça-feira (27), o chefe do Executivo paulista resolveu atender os pedidos do prefeito Orlando Morando (PSDB) que prometeu em sua campanha transformar o local com apoio do governo estadual.
O equipamento será finalizado pela Prefeitura e terá o apoio do governo estadual em relação ao edital para definir qual Organização Social (OS) será a responsável pelo gerenciamento do local. Ainda para isso, o comando do Palácio dos Bandeirantes vai esperar receber a TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que será assinado entre a Prefeitura de São Bernardo e o Ministério Público Federal para iniciar as tratativas.
O modelo da TAC também é acompanhado pelo Ministério da Cultura que deu o aval para a mudança de objeto. Valores não foram revelados durante o evento, porém em novembro do ano passado a Câmara aprovou o projeto de lei que abre um crédito de R$ 3 milhões para a conclusão da obra localizada no centro de São Bernardo. Não existe uma data para a entrega.
“Eu fui eleito falando em alto e bom som que respeitaria o dinheiro público que foi empregado no Museu do Trabalho. Agora o local recebeu um apelido de ‘Museu do Lula’. Nada contra, mas considero que a homenagem que temos que fazer ao trabalhador é dando emprego e em relação a cultura, temos que ter aqui algo que possa beneficiar o filho deste trabalhador”, disse Morando.
“Dizem que Roma (Itália) não foi feita de um dia para o outro, foi feito passo a passo. Primeiro temos que fazer uma obra, entregar, fazer funcionar e assim dar outro passo. O primeiro passo foi na Saúde e o segundo passo tem que ser na Educação, na Cultura, transformando o famigerado museu em Fábrica de Cultura”, falou Alckmin na sequência.
Histórico
Com obras iniciadas em 2012 e com previsão de entrega para janeiro de 2013, o Museu do Trabalho e do Trabalhador acabou sendo o principal alvo de polêmica da política são-bernardense. Sem aditamentos por parte do Ministério da Cultura, o equipamento acabou com a obra paralisada até que uma nova verba fosse concedida.
No final de 2016, a obra foi o principal alvo da operação Hefesta, da Polícia Federal, que acabou com a prisão de secretários e colocando o ex-prefeito Luiz Marinho (PT) como réu no processo em relação as supostas irregularidades. Com isso, o local acabou fechado por determinação judicial. No ano passado, a Prefeitura conseguiu a autorização para ser a responsável pelo local e em seguida conseguiram a mudança de objeto que muda o objetivo da obra.