Compromisso anunciado pelo prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), as alterações na Lei de Zoneamento e no Plano Diretor da cidade, a pedido de empresários do Polo Petroquímico de Capuava, na divisa com Santo André, ficam para 2018. A afirmação é do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciomar Okabayashi, que concedeu entrevista ao RDtv nesta segunda-feira (23).
Acordado em maio com empresários, as revisões na Lei de Zoneamento e no Plano Diretor têm no horizonte não apenas a expansão do Polo Petroquímico, como também de outras áreas industriais na cidade. Segundo o empresariado, se a planta no Capuava se mantiver a mesma de hoje, as 15 empresas que a compõem podem perder a competitividade no mercado em aproximadamente 25 anos.
Okabayashi afirma que as propostas estão avançadas para encaminhamento à Câmara dos Vereadores de Mauá no próximo ano, embora ainda não afirme categoricamente se os projetos chegarão às mãos dos parlamentares no primeiro ou no segundo semestre. “A expansão da região do Polo também exige pensar no povo do entorno. Por isso, temos que pensar nos dois pontos”, avalia.
Para o responsável pela Pasta, é possível fazer com que a planta no Capuava mantenha o potencial de crescimento sem necessariamente expandi-la, mas para isso, é preciso focar no desenvolvimento tecnológico do setor. Okabayashi também assegurou que outras exigências de empresários da região e demais pontos industriais, como a segurança, são focos do governo para visar a implantação de novos empreendimentos.
Outro alicerce econômico de Mauá, o Sertãozinho é uma área carente de infraestrutura urbana, apesar da proximidade com o Rodoanel Mário Covas. A região sequer tem rede de esgoto e sem destinação orçamentária por parte do governo para solução do problema. Por essa razão, coube ao empresariado buscar uma solução ao impasse, que deveria ser de prioridade do Poder Público, visando o desenvolvimento local.
Hoje a Aepis (Associação dos Empresários do Polo Industrial do Sertãozinho) busca a adesão de adesão de 65 donos de área, para dar o passo seguinte pela implantação da rede, orçada em R$ 4 milhões. A BRK Ambiental, grupo que tem a concessão dos serviços de esgoto da cidade, ficaria responsável pelas execuções das obras e entraria com contrapartida de R$ 2,5 milhões pelo projeto.
Presidente da entidade, Fausto Cestari disse também ao RDtv que não houve procura por parte do governo do prefeito Donisete Braga (PT) pela solução do problema. Okabayashi, que foi secretário de Desenvolvimento Econômico entre 2013 e 2015 na gestão petista, afirmou que não faltou diálogo, e sim um consenso. “Esse problema vem de gestões anteriores. Mas procuramos sair desse problema em conjunto. O governo Atila trabalha pelo desenvolvimento e ouve o empresariado local”, pontua.
Sobre a expansão do mercado imobiliário, Okabayashi destaca os desafios de Mauá para receber novos moradores e manter a qualidade também à população já fixada na cidade. “Temos que pensar em Mobilidade Urbana e nos equipamentos públicos, a fim de ver as contrapartidas que precisam ser conversadas com esses empreendedores. Assim teremos uma cidade confortável para os cidadãos, para quem vive na cidade e os que estão chegando”, completa.
Em relação à geração de empregos, o secretário admite conversas com novas empresas que cogitam se instalar em Mauá, embora não possa citá-las no momento. Em acordo preliminar, segundo o responsável pela Pasta, os novos empreendimentos se focariam em contratação de moradores da cidade para mão de obra. “A ideia é que contratem pessoas que moram em Mauá, o que é uma vantagem ao empreendedor, pela residência do funcionário próximo ao local de trabalho, e assim evita atrasos e acidentes”, garante.