ABC - sexta-feira , 17 de maio de 2024

Juros fecham em baixa com dólar, otimismo sobre fundamentos e ajustes técnicos

Os juros futuros fecharam em baixa a sessão regular desta sexta-feira, 29, em meio a um cenário externo mais tranquilo, onde o dólar e o rendimento dos Treasuries recuam, e percepção positiva sobre os fundamentos domésticos, reforçada nesta sexta pelos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Além disso, o mercado foi influenciado ainda pelos típicos ajustes de carteiras de fundos de fim de mês e de trimestre.

Ao final da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 estava em 7,26%, ante 7,29% no ajuste de quinta; a do DI para janeiro de 2020 caiu de 8,13% para 8,09%; e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 8,83% para 8,78%. A taxa do DI para janeiro de 2023 encerrou a 9,47%, de 9,52%.

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A gestora de renda fixa da Mongeral Aegon Investimentos, Patricia Pereira, afirma que a sexta-feira não trouxe novidades em termos de noticiário e, neste caso, prevaleceu o otimismo sobre a economia. “Com o externo não piorando, é a manutenção dessa conjuntura positiva que acabou dando o tom”, afirmou.

Segundo a Pnad, a taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,6% no trimestre encerrado em agosto deste ano, abaixo do piso do intervalo das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast (12,7%).

No exterior, dados favoráveis de inflação dos Estados Unidos em agosto, divulgados pela manhã, endossaram a percepção de gradualismo pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na condução da política monetária, enfraquecendo o dólar, que posteriormente ganhou fôlego com rumores sobre nomes para a substituição do comando do Federal Reserve em 2018.

Por aqui, o dólar esteve majoritariamente me baixa e era negociado em R$ 3,1681 (-0,48%) às 16h43.

No Brasil, pouco antes do fechamento deste texto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que no mês de outubro vai vigorar, pela primeira vez, a bandeira vermelha patamar 2 no sistema de tarifas de energia, a mais cara de todas e que implica acrescimento de R$ 3,50 a cada 100 kWh consumidos.

Analistas calculam impacto entre 0,10 e 0,25 ponto porcentual no IPCA do ano, no entanto, sem mudança na percepção de que o índice deve fechar 2017 perto de 3%.

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