O SindSaúde ABC vai realizar, nesta quinta-feira (20), às 19h30, na sede da entidade, assembleia com os funcionários da Fundação do ABC (FUABC) na região. No encontro serão discutidas e votadas formas para reverter a situação dos trabalhadores, que estão há dois anos sem reajuste salarial e há três anos sem reajuste dos benefícios. São cerca de 10 mil trabalhadores envolvidos.
De acordo com o sindicato, em 2016, durante a Campanha Salarial (a data-base da categoria é 1º de maio), a FUABC ofereceu zero por cento de reajuste. Depois voltou atrás e fez uma proposta, que foi rejeitada em assembleia.
Na mesma assembleia, os trabalhadores aprovaram que o sindicato iria entrar com Ação de Cumprimento, para que a Fundação fosse enquadrada no Sindhosp (sindicato patronal dos hospitais, clínicas e laboratórios), já que não estava cumprindo o acordo feito com o sindicato.
Este ano, ainda com o processo em andamento, o sindicato procurou a empresa e propôs que ela aplicasse os reajustes salariais de 2016/2017. Na ocasião, de acordo com o SindSaúde ABC, a empresa pediu 15 dias de prazo para responder, mas não apresentou proposta.
“É muita irresponsabilidade uma empresa do porte da Fundação tratar um assunto tão importante com tão pouco caso, como se os seus funcionários, cujo cotidiano é salvar e cuidar de vidas, não existisse”, afirmou o presidente do SindSaúde ABC, Almir Rogério, mais conhecido como Mizito.
Já no Hospital Mário Covas a situação é diferente. Os trabalhadores se mobilizaram e conquistaram o reajuste de 2016 (9%) e o de 2017 (4%). Falta o pagamento do retroativo, mas as negociações estão sendo finalizadas.