Em compromisso firmado com empresários no ramo da indústria química, o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), afirmou na manhã desta terça-feira (23/05), que fará alterações na Lei de Zoneamento e no Plano Diretor da cidade, entre as metas, pela expansão do Polo Petroquímico de Capuava, na divisa com Santo André. O chefe do Executivo também mira a criação de um conselho municipal de Desenvolvimento Econômico.
Atila se reuniu com o presidente-executivo da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), Fernando Figueiredo, o homólogo do Cofip ABC (Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC), Claudemir Peres, além do deputado federal e presidente Frente Parlamentar de Química, João Paulo Papa (PSDB-SP), e outros empresários. O mote da reunião foi o crescimento do Polo Petroquímico.
Na concepção do governo, as revisões na Lei de Zoneamento e no Plano Diretor tem no horizonte não apenas a expansão do Polo Petroquímico, como também de outras áreas industriais na cidade. Segundo empresários do ramo, se a planta no Capuava se mantiver a mesma de hoje, as 15 empresas que a compõem podem perder a competitividade no mercado em aproximadamente 25 anos.
Outro pedido do setor é que as medidas sejam integradas com a política de Segurança Pública, como ampliação da informatização do setor e investimento do videomonitoramento, por meio da ação Cidades Inteligentes, movimento feito entre municípios e empresários. “É uma proposta de estudarmos juntos de como fazer o Polo Petroquímico crescer e consequentemente a economia de Mauá”, avaliou Figueiredo.
Segundo Peres, o Polo Petroquímico tem potencial de expansão e destaca a localização da planta, a 66 quilômetros do Porto de Santos, próximo ao Sistema Anchieta-Imigrantes e ao centro econômico em São Paulo. “A primeira reivindicação é que nós uma definição clara do perímetro do Polo Petroquímico, e uma área de segurança no entorno, que possam servir como base para essa discussão. Assim será possível que toda a legislação e forma de controle seja específica para aquela região”, disse.
De acordo com Atila, o conselho terá representantes empresariais, com a presença confirmada do Cofip ABC, e serão formalizados convites para Abiquim e outras entidades, como a Acibam (Associação Condomínio Industrial Barão de Mauá). “O conselho visa reaproximar a municipalidade da indústria para que possamos debater temas importantes. Não se fala em incentivo econômico sem se aproximar da indústria”, pontuou.
O prefeito, porém, ainda não soube especificar uma previsão de envio das propostas de alterações nas leis municipais à Câmara dos Vereadores, embora destaque que as medidas são fundamentais para o Polo Petroquímico não perder futuramente a competitividade no mercado. ” A revisão da Lei de Zoneamento e do Plano Diretor vai ser um tema importante para buscar a ampliação e a longevidade do Polo Petroquímico”, completou.