Há duas semanas uma crise de relacionamento está instaurada no PEN, em São Caetano. O presidente municipal da legenda, Gilberto Costa, e o vereador Caio Funaki, não estão falando a mesma língua. Em entrevista ao RDtv, nesta sexta-feira (7), Costa revelou que um dos motivos para a falta de diálogo é a falta de concordância na ideia de criar a Secretaria de Meio Ambiente. O ex-candidato a prefeito também garantiu que não está fazendo qualquer tipo de perseguição contra Funaki.
Gilberto Costa afirmou que “pediu” para que Caio Funaki fizesse uma indicação para o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) para que houvesse a criação da nova pasta, pois é um dos princípios defendidos pelo PEN (Partido Ecológico Nacional). Porém, o vereador não fez qualquer menção a ideia junto ao comando do Palácio da Cerâmica, assim iniciando a crise na legenda.
“A criação da Secretaria do Meio Ambiente é algo importante para qualquer município e só gostaria de fazer uma indicação. Como um vereador do PEN não faz esse tipo de indicação? Não consigo entender está situação”, disse Costa que apesar de defender a ideia não têm pretensões em ser o secretário caso o Executivo tenha a ideia de reativar está pasta.
Além da falta de acordo, a falta de diálogo com Funaki também vem irritando Gilberto Costa. O vereador não participou da reunião da Executiva do partido no mês passado, mandando familiares como representante. Costa afirmou que não consegue encontrar o parlamentar para qualquer tipo de conversa, nem mesmo em seu gabinete no Legislativo.
A última tentativa ocorreu nesta semana, quando o ex-vereador foi até a Câmara para entregar um adesivo da legenda para que fosse colocado no gabinete. “Para colar um simples adesivo você tem que pedir de joelhos”, disse Costa que garantiu que não encontrou o parlamentar.
A crise entre Costa e Funaki foi agravada ainda nesta semana com a exoneração de Marcela Facundo Costa Marques, que trabalhava como assessora de imprensa no gabinete do vereador. “O Caio falava que ela (Marcela) era uma grande profissional, mas ela só soube da exoneração pelos jornais e depois recebeu um telefonema da Câmara para falar do assunto. Isso é uma vergonha”, explicou. Para Funaki, a nomeação de Marcela estava dentro de um acordo com Gilberto Costa para que o vereador tivesse liberdade para atuar na Casa.
Expulsão
Questionado sobre uma possível expulsão de Caio Funaki da legenda, Gilberto Costa negou qualquer intenção para que isso ocorra. Costa também considera que suas críticas não serão usadas pelo vereador para pedir a saída do partido, alegando qualquer tipo de “perseguição política”.
Sobre a “perseguição”, o ex-candidato a prefeito garantiu apenas está agindo como cidadão. “Quem não aguenta pressão, não pode ser vereador”, concluiu.