ABC - terça-feira , 14 de maio de 2024

Editorial: Mobilidade morosa

Anunciados com pompa e circunstância há quase três anos, os recursos federais do PAC Mobilidade prometidos para a região viraram obras de ficção. As verbas viriam a calhar para as prefeituras, que estão sem condições financeiras para tocar obras. Mas, ao que tudo indica, o repasse não vai ocorrer tão cedo.

Dois fatores combinados pesaram para que a expectativa gerada pelo anúncio feito pela presidente Dilma em agosto de 2013 virasse frustração. Em primeiro lugar, a inexplicável burocracia que atrasou o andamento da liberação dos recursos. Meses de reuniões e vai e vem de documentos arrastaram o processo.

Newsletter RD

Não bastasse isso, veio depois o maior dos entraves: a crise econômica, que fez secar a torneira da União. Se os trâmites burocráticos não fossem tantos, as chances de o dinheiro ser liberado antes de a crise se agravar seriam maiores.

Por mais moroso que tenha sido o processo, o ABC, através do Consórcio Intermunicipal, conseguiu fazer sua parte e cumpriu todas as etapas técnicas exigidas pela Caixa e pelo Ministério das Cidades. Falta agora somente o principal: a verba chegar.

A expectativa, no entanto, não é das mais animadoras. O governo Temer calcula em R$ 139 bilhões o rombo das contas públicas para 2017, o que significa que o cinto das finanças federais continuará apertado.

A cobrança dos recursos, que já dura três anos, tem que ser um dos principais objetivos dos novos prefeitos – ou prefeitos reeleitos -, que tomarão posse na região em janeiro do ano que vem. Já passou da hora de a promessa virar realidade.

Receba notícias do ABC diariamente em seu telefone.
Envie a mensagem “receber” via WhatsApp para o número 11 99927-5496.

Compartilhar nas redes