Com seguidas suspensões dos trabalhos, a proposta para a implantação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as contas do Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo (Imasf) acabou barrada na Câmara de São Bernardo durante a sessão desta quarta-feira (25). Comissão de funcionários públicos foi até o Legislativo para fazer pressão, porém não houve êxito. A propositura tem apoio de 15 dos 28 vereadores.
O autor da matéria, Pery Cartola (PSDB), conseguiu emplacar ás 15 assinaturas para que proposta protocolada em 2015 fosse votada em regime de urgência no plenário. Assinaram o requerimento os vereadores: Estevam Camolesi, Osvaldo Camargo, Julinho Fuzari e Manoel Martins (ambos do PPS); Cartola, Hiroyuki Minami e Juarez Tudo Azul (ambos do PSDB); Marcelo Lima (Solidariedade); Antônio Cabrera e Fábio Landi (ambos do PSB); Rafael Demarchi (PRB); Mauro Miaguti (DEM); Índio (PR); e Martins Martins e José Walter Tavares (ambos do PHS).
O requerimento chegou à mesa como a sexta pauta de urgência, mas existia um acordo para a aprovação de um pedido de inversão de pauta para que a proposta fosse a primeira a ser votada. Porém, o presidente do Legislativo, José Luis Ferrarezi (PT), passou a suspender os trabalhos a cada meia hora, fato que levou a sessão a não ter propostas debatidas em plenário. Procurado, Ferrarezi não atendeu a imprensa. Segundo sua assessoria, o petista estava em reunião.
Na próxima semana, um novo requerimento deve passar pela mesa de cada vereador para que proposta entre em regime de urgência. Pery Cartola teme que alguns dos 15 vereadores mude de ideia e não assine o novo pedido. “O governo vai ter tempo para trabalhar junto aos vereadores. Espero que isso não aconteça, pois essa CPI não tem nada relacionado com a Administração, mas sim com uma autarquia. Não tem nada contra o prefeito (Luiz Marinho, PT), mas sim com administrações passadas do Imasf”, explicou.
Sem fala
Diferente da semana passada, representantes da Associação dos Usuários do Imasf não conseguiram falar na tribuna, logo no início da sessão. Segundo a presidente do grupo, Lúcia Ramaciotti, três pessoas já estavam inscritas para falar, porém apenas duas fizeram o uso da palavra, o que causou estranheza aos funcionários presentes durante a sessão. “Vamos continuar pressionando para que saia a CPI, é o que podemos fazer”, afirmou Lúcia.