Trabalhadores da TIM (foto) promoveram manifestação na manhã desta quinta-feira (19) em frente à sede da empresa, em Santo André. A categoria protestou contra a decisão da companhia de não pagar a segunda parcela do PPR (Programa de Participação nos Resultados).
O ato foi organizado pelo Sintetel (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo) e começou por volta das 7h. Trabalhadores que participaram do protesto relataram ameaças de punição por parte de supervisores.
A primeira parcela do PPR foi paga em dezembro do ano passado, equivalente a 1,5 salário. De acordo com o sindicato, a empresa informou os trabalhadores que, por causa de metas que não teriam sido cumpridas, não haveria pagamento de segunda parcela, prevista para 30 de maio.
“Inexplicavelmente a TIM veio com números dizendo que metas e objetivos não tinham sido atingidos. Como explicar isso, já que a empresa faturou mais de R$ 2 bilhões no ano passado?”, questiona o diretor regional do Sintetel, Mauro Cava de Britto.
Na avaliação do sindicato, a empresa tem priorizado o pagamento de bônus a diretores e gerentes, deixando de lado a maioria dos funcionários. “Há muito dinheiro sendo transferido para os acionistas e pouco para os trabalhadores”, avalia o diretor do Sintetel.
Outro lado
Procurada pelo RD, a TIM afirmou que tem honrado todos os compromissos com os trabalhadores. “A TIM Brasil mantém uma política séria e sólida de remuneração e recompensa de seus colaboradores, honrando todos os compromissos assumidos em seu Programa de Participação de Resultados e as suas regras previamente negociadas com sindicatos e federações”, afirma a empresa.
Em nota, a companhia afirmou ainda: “Em cumprimento ao acordo de 2015, a companhia realizou em dezembro passado a antecipação de 1,5 salário. Após a apuração final dos resultados em maio, mesmo sem o atingimento das metas estabelecidas e divulgadas para entidades e colaboradores, por liberalidade a companhia considerou quitado o pagamento”.
A TIM ressalta que “não houve nenhum descumprimento à condição previamente estabelecida e mantém diálogo aberto com os órgãos sindicais e federativos e está atenta às demandas dos seus colaboradores”.