Parlamentares dos EUA defendem fim de tarifas para álcool

Na contramão da Casa Branca, congressistas norte-americanos defenderam hoje, na Câmara dos Deputados em Brasília, a eliminação das barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos sobre a importação de etanol (álcool combustível) do Brasil até 2009. A posição foi expressa por integrantes de uma delegação bipartidária do Congresso dos Estados Unidos, que visita o País esta semana com a missão de promover o aprofundamento das relações. Entretanto, veio junto com a cobrança de extensão da liberalização do comércio bilateral de etanol a outros setores industriais e de serviços.

“Essas barreiras não fazem sentido”, afirmou o congressista democrata Eliot Engel (Democrata de Nova York), presidente da Subcomissão para o Hemisfério Ocidental da Câmara norte-americana e líder da delegação. “A eliminação das barreiras pode ser adiantada e ocorrer antes de 2009. Mas temos de falar também nas barreiras do Brasil às importações nesses setores”, arrematou o também democrata Gregory Meeks.

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Em março passado, quando foi assinado o Protocolo de Cooperação Brasil-Estados Unidos na área dos biocombustíveis, em São Paulo, o presidente norte-americano, George W. Bush, declarou que as barreiras continuariam intactas até, pelo menos, 2009. Naquele ano, deverá expirar o atual regime para o setor, que prevê a imposição da tarifa de US$ 0,54 por galão de etanol importado como meio de proteger a produção norte-americana, a partir do milho.

Essa atitude incentivou o investimento de empresas brasileiras na construção de plantas de transformação do álcool hidratado em anidro em países centro-americanos e caribenhos que, atualmente, contam com livre acesso ao mercado de etanol dos Estados Unidos.

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