Encontro incentiva exportadores da região

Com a intenção de incrementar as exportações do ABC e estimular a participação de micro e pequenos empresários da região no contexto internacional, foi realizada ontem (19), em São Caetano, a 97 ª edição do Encontro de Comércio Exterior (Encomex), iniciativa criada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do governo federal.

O secretário interino de Comércio Exterior, Armando Meziat, que representou o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, informou que o crescimento das exportações e a criação de mentalidade exportadora são alguns dos principais objetivos do governo federal. “A meta de exportações do Brasil para este ano é de 112 bilhões de dólares e de 120 bilhões para o ano que vem”, afirmou. De acordo com Meziat, atualmente, as exportações representam 30% do PIB (Produto Interno Bruto) do País.

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O diretor do Departamento de Exportações Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Roberto Gianetti da Fonseca, lembrou que o ABC produz 10% do total de exportações do Estado de São Paulo, que sozinho é responsável por 35% do montante exportado pelo País. Além disso, Gianetti afirmou que as exportações são um dos motores da geração de emprego. “A cada US$ 1 bilhão exportados são gerados 60 milhões de empregos”, disse.

Para o presidente do Ciesp (Centro das Empresas de São Paulo), Claudio Vaz, o ABC é de grande importância para as exportações nacionais. “A região foi pioneira em exportações industriais no Brasil”, disse. De acordo com Vaz, a região começa a sair agora de um período de estagnação mas, apesar disso, não parou de evoluir e, atualmente, é exportadora de produtos muito valorizados mundialmente, como softwares e veículos automotivos.

Dólar

Vaz disse ainda que em razão do valor do dólar, o momento não é ideal para iniciar novas exportações, mas para manter os contratos já existentes. “Não vamos conseguir novos contratos por causa do preço do dólar”, lamentou. A infra-estrutura do País é o principal empecilho para a exportação, segundo Vaz. ?Portos, malha viária e ferroviária precisam de investimentos?, alertou.

Para o prefeito de São Caetano e diretor da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC, José Auricchio Júnior, um dos objetos do evento é colocar São Caetano no cenário nacional de turismo de negócios.

Várias capitais e pólos produtivos já receberam o encontro, reunindo cerca de 55 mil participantes e 22 mil empresas, desde a sua criação em 1997. Foi a primeira vez que o ABC recebeu o Encomex, que tem como principal público-alvo micro, pequenos e médios exportadores ou com potencial exportador, que buscam informações sobre normas e procedimentos vigentes em comércio exterior.

ABC exporta U$ 2,3 bi em 2005

O ABC comercializou US$ 2,36 bilhões para o mercado externo no primeiro semestre de 2005, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. As importações da região também apresentaram bom desempenho somando US$ 1,433 bilhão. Com o resultado, o superávit da balança comercial da região chegou a US$ 927 milhões.

A região possui 527 empresas exportadoras. Destas empresas, 209 estão em Diadema, 187 em São Bernardo, 61 em Santo André, 51 em Mauá, 43 em São Caetano, 18 em Ribeirão Pires e uma em Rio Grande da Serra.

Em relação às exportações do primeiro semestre de 2005, São Bernardo totalizou no período US$ 1,605 bilhão em produtos exportados. Já em Santo André, a receita gerada pelas vendas externas foi de US$ 262 milhões, enquanto que em Mauá, o comércio internacional rendeu US$ 158 milhões. Com o quarto melhor resultado, ainda em relação às vendas externas, entre janeiro e junho de 2005, São Caetano somou US$ 158 milhões. Na seqüência, também contribuíram para bom desempenho da balança comercial do ABC, os seguintes municípios: Diadema (US$ 143 milhões), Ribeirão Pires (US$ 26 milhões) e Rio Grande da Serra (US$ 1,366 milhão).

Já no período de janeiro a julho deste ano, São Bernardo, principal cidade exportadora da região, centrou os embarques externos em chassis com motor para veículos (US$ 279 milhões), tratores rodoviários para semi-reboques (US$ 227 milhões) e automóveis com motor explosão (US$ 178 milhões).

Em relação aos parceiros comerciais, a Argentina adquiriu US$ 316 milhões da produção da região. Em iguais meses do ano passado, o valor das aquisições argentinas foi de US$ 279 milhões. México e Estados Unidos compraram US$ 275 milhões e US$ 228 milhões, respectivamente. No acumulado destes sete meses, os embarques externos de São Bernardo somaram US$ 1,901 bilhão frente aos US$ 1,439 bilhão registrados em iguais meses de 2004.

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