São quase 16 meses de quarentena, um ano e quatro meses de alunos longe das salas de aula e agora o momento do retorno, mas levando em conta a segurança e o distanciamento. É assim o cenário de todas as escolas, e não é diferente no caso da Vereda. Em entrevista ao RD Momento Econômico desta quarta-feira (21/7), o diretor-presidente da instituição, Arthur Buzatto, resumiu o período de pandemia vivido entre alunos e professores, e o preparo para a retomada a partir de agosto.

Com uma média de 500 a 600 alunos por unidade (são três, Santo André, São Bernardo e São Paulo), a Escola Vereda está finalizando os seus protocolos para a retomada de seus alunos, inclusive de ter 100% das unidades em pleno funcionamento, mesmo com a necessidade de criar o distanciamento mínimo para evitar o contágio pela Covid-19.
“Eu entendo que o Governo do Estado agora deixou nas mãos das escolas as ações de retorno. Temos unidades muito grandes, acima dos 10 mil metros quadrados, então temos condições de realizar esse retorno com segurança, caso seja mantido o decreto estadual até lá”, explicou Arthur.
Durante a quarentena, a instituição conseguiu se adaptar rápido ao ensino remoto e a avaliação é que tal situação inédita para essa geração fez com que os professores, por exemplo, fossem mais valorizados pelos pais, e que por consequência houvesse uma aproximação ainda maior da família no dia a dia de cada aluno, algo que também foi aproveitado.
“Foi um susto, por mais que pude acompanhar o que acontecia no mundo, pois aqui no Brasil sofremos com a pandemia mais tarde do que em outros países, foi um susto. Ninguém esperava viver algo nesse sentido e com essa intensidade. O primeiro desafio foi colocar um pouco de pé no chão, a bola no campo e ter serenidade para tratar de uma forma objetiva, de uma forma racional os desafios que se colocaram”, resumiu.
Apesar dos problemas, em 2020 uma avaliação externa demonstrou que houve um ganho pedagógico com os alunos, o que demonstrou que o nível de dificuldade entre os estudantes da Vereda foi menor do que se apresenta, por exemplo, nas escolas públicas que tiveram que aproveitar as férias de julho para dar um reforço escolar aos alunos, principalmente os mais novos.
Sem apontar os números, Arthur também explicou que os níveis de inadimplência na instituição ainda estão acima da média em comparação ao período pré-pandemia, mas que a conversa e a serenidade para conseguir superar as dificuldades também foram utilizadas para que não houvesse uma evasão de alunos.