Após meses consecutivos de alta, as cidades do ABC começaram a registrar baixa no número de internações por covid-19 nos hospitais públicos da região. Nesta segunda-feira (19/7), seis das sete cidades da região contabilizaram 47,5% de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), menor índice desde o ano passado. A principal justificativa, segundo especialistas, se dá pela vacinação em massa da população.
Diadema, que até o início de junho estava com 100% da UTI comprometida, com 40 pacientes internados, conseguiu baixar o índice para 68% da UTI comprometida, com 27 pacientes internados com covid-19 no estado mais grave da doença. Na ala de enfermaria o número de internações também diminuiu, passou de 51 pacientes internados para 21 que ainda estão sob monitoramento médico. Quem precisar de internação pode contar, ainda, com as 50 vagas disponíveis do hospital.
O Complexo Hospitalar de São Caetano, que até o início do mês passado contabilizava 22 pacientes internados na UTI, conseguiu baixar o índice de internações e está com 17 pacientes em monitoramento (56% de ocupação do total de 30 leitos de UTI disponíveis). A ala de enfermaria do Complexo, que trata casos mais leves da doença, também apresentou queda, passou de 14 pessoas internadas até junho para 10 até esta segunda-feira (19), com 38 leitos ainda disponíveis e total de 20% de ocupação.
Em Mauá, a ocupação dos leitos de UTI estava em 76% com 38 pacientes internados até início de junho, mas com o avanço da vacinação e as altas hospitalares, o número caiu para 52%, com 26 pacientes internados. Restam outras 26 vagas na ala de UTI. Na enfermaria a ocupação está em 43%, com 17 dos 40 leitos ocupados. São Bernardo, que chegou a 76% de ocupação no mês passado está com 43% dos leitos de UTI comprometidos, com 84 pacientes internados e outros 112 leitos disponíveis. Na enfermaria 93 pessoas estão internadas e 248 leitos estão disponíveis (27% de ocupação ante 65% mês passado).
Em Santo André, dos leitos sob gestão pública, a taxa de ocupação está em 36% nos leitos de UTI e 26,5% na ala de enfermaria. Dos 182 leitos de UTI destinados a pacientes com covid-19, 65 estão ocupados, enquanto dos 378 para enfermaria, 100 estão sendo ocupados por pacientes com quadros moderados da doença. Ribeirão Pires, que por vários meses consecutivos ficou na margem de 100% de ocupação, está com 30% do hospital lotado, atualmente com três pacientes internados e outros sete leitos disponíveis.
Questionada, a Prefeitura de Rio Grande da Serra não se manifestou até o fechamento da reportagem.
Hospitais de Campanha
Para auxiliar no combate e tratamento da doença, Santo André conta com um Centro de Enfrentamento à Covid-19, que presta suporte às UPAs e unidades de saúde. Apesar da queda no índice de internações, a Prefeitura informou, em nota, que não há perspectiva para desmontagem deste e outros serviços de apoio na cidade. “O município vai aguardar e analisar a evolução da pandemia, se os registros de casos e óbitos seguirão em tendência de queda após mais de 70% da população adulta já ter sido vacinada com a primeira dose”.
São Caetano também conta com Hospital de Campanha, onde atualmente 17 pacientes estão internados. Assim como Santo André, a Prefeitura condiciona a desmobilização à manutenção das baixas taxas de ocupação no município, que devem ser acompanhadas pelo Comitê de Emergências Sanitárias do município.
São Bernardo, que durante a pandemia inaugurou dois hospitais permanentes para enfrentamento da Covid-19: o Hospital de Urgência e o Hospital Anchieta, para ampliar a oferta de leitos em 359, manterá atendimento exclusivo para pacientes da doença até que haja necessidade.