Para aqueles que achavam que a eleição em Ribeirão Pires terminou no dia 15 de novembro, uma novidade foi anunciada nesta sexta-feira (11/12) pelo prefeito Kiko Teixeira (PSDB). Ao RDtv o tucano afirmou que entrará na Justiça Eleitoral para impugnar a diplomação do chefe do Executivo eleito, Clovis Volpi (PL). A base da argumentação é o processo de contas de seu adversário.
Teixeira mantém o argumento de que Volpi não poderia ser candidato, pois teve suas contas rejeitadas pela Câmara em relação ao ano de 2012 e que após manobra política conseguiu que um novo julgamento fosse feito pelo Legislativo, mas com o resultado de aprovação, o que manteve seus direitos políticos.
“Já obtive esse parecer de que não poderia ter um novo julgamento, assim o meu adversário não poderia ser candidato. Se houve a impugnação da minha candidatura por algo menor, ele também não poderia ter sua candidatura deferida, algo que ocorreu por causa de dois dias. Caso o entendimento da justiça seja pela manutenção do diploma dele será para mim uma grande decepção como advogado”, disse o tucano.
Na época Volpi alegou que o julgamento do Legislativo não era válido, pois seu direito a defesa foi cerceado. Algo parecido aconteceu com o primeiro julgamento das contas de Luiz Marinho (PT) em São Bernardo e de José Auricchio Júnior (PSDB) em São Caetano. Nos dois casos houve o cancelamento da primeira análise e na segunda votação houve a aprovação das contas.
Durante a campanha eleitoral, Teixeira alegava que Clovis Volpi só conseguiu reverter sua situação junto aos vereadores, pois prometeu ao então presidente da Casa, Rubão Fernandes (então no PSD e hoje no PL), que o mesmo seria o vice em sua chapa, algo que chegou a ser anunciado na pré-campanha, mas que acabou revertido após o acordo com Amigão D’Orto (PSB) que acabou eleito vice-prefeito.
Apesar da tentativa de cancelar a posse de Volpi e por consequência gerar uma nova eleição (caso o recurso seja acatado), Kiko afirma que não entrará na disputa. “Não posso criar uma falsa esperança, existe uma questão jurídica. Mas creio que teremos que ter na cidade uma coalisão no grupo para que uma situação como essa não aconteça”, explicou.
Inclusive o advogado criticou a falta de uma regra eleitoral que já indique quais pessoas não poderão disputar a eleição, fato que considera como primordial para acabar com situações como a de Ribeirão Pires e de São Caetano.
Covid-19 e transição
Enquanto aguarda novas decisões judiciais, Kiko Teixeira (PSDB) segue no cargo até o dia 31 de dezembro tendo que lidar com a pandemia do novo coronavírus e a transição para a próxima gestão. O tucano afirmou que prorrogou o contrato do hospital de campanha até o dia 31 de janeiro e assim mantendo todas as situações colocadas para os infectados.
Os atuais números da covid-19 estão assustando o gestor que afirmou que o número de internados na cidade é próximo do pico da pandemia entre maio e julho. Apesar da não necessidade prevista da criação de novos leitos, a Prefeitura vai intensificar o número de fiscais para evitar que ocorram aglomerações ao longo do ano.