Com mais de 101 mil votos, Taka Yamauchi (PSD) terminou as eleições para a Prefeitura de Diadema com um pouco menos de 6 mil votos de diferenças para o eleito José de Filippi Jr. (PT). Surpreso com o resultado, o ex-prefeiturável afirmou ao RDtv nesta segunda-feira (30/11) que pretende ser o líder da oposição na cidade, mas que ainda estuda o seu futuro político, inclusive não escondeu sua insatisfação do PSD durante a campanha.
Um dos primeiros objetivos do engenheiro é evitar o esvaziamento da oposição na cidade, algo que em parte aconteceu nos últimos quatro anos com o não posicionamento de Wagner Feitosa, o Vaguinho, durante a segunda gestão de Lauro Michels. Taka quer emplacar um posicionamento que possa cobrar de maneira qualitativa a quarta gestão de Filippi.
“Essa é a nossa intenção. A partir do fim da eleição já me posicionei como uma oposição, mas não uma oposição por oposição, mas uma oposição de diálogo aqui na cidade. Nós vamos pontuar, vamos cobrar todo o plano de governo que ele colocou para a população que a meu ver é um pouco fantasioso, mas vamos cobrar de maneira efetiva. Desejo boa sorte ao Filippi, desejo boa sorte para a cidade de Diadema, mas obviamente estamos cansados de mentiras e falsas promessas”, explicou.
Sobre a campanha, Taka considera que a alta abstenção na cidade no segundo turno (95.937 eleitores) foi determinante para a vitória do petista. Nas três zonas eleitorais, Filippi venceu em duas (329 e 426) e Yamauchi venceu na 222 que engloba as regiões central e oeste do município.
Outro ponto que chamou a atenção do ex-candidato foi o que considera como “estranha neutralidade” de alguns candidatos, entre eles, Ricardo Yoshio (PSDB). “Foi uma neutralidade em partes, pois só havia críticas para a nossa campanha e não para o adversário”, salientou o engenheiro que considerou o posicionamento tucano na cidade estranho por divergir do apoio que recebeu do restante do tucanato do ABC.
Ao ser questionado sobre o seu futuro, Taka Yamauchi disse que ainda vai refletir nos próximos dias sobre de que forma vai atuar, não descartando nenhuma das possibilidades. Indagado sobre uma possível saída do PSD, o ex-prefeiturável afirmou não ter pensado nessa situação, mas não escondeu que não se sentiu prestigiado pelo partido que não o ajudou financeiramente na campanha.