Com o fechamento das escolas, em razão do novo coronavírus (Covid-19), muitos pais ficam sem saber o que fazer para entreter os filhos durante o período de reclusão. Para não perder o conteúdo das aulas, escolas passaram a disponibilizar materiais para os alunos estudarem em casa. Como saída, mães desenvolvem diversas atividades para que os pequenos não fiquem parados.
Adriana Chaveiro da Silva, de 40 anos, moradora de Rio Grande da Serra e mãe de Maria Clara da Silva, de 14, estudante do 8° ano, recorreu a familiares para que a filha não fique sem os estudos. “Como não tem data prevista para voltarem as aulas, minha irmã, que é professora, começou a passar matérias para a Clara não ser prejudicada”, diz. Em relação ao material disponibilizado pela escola para as crianças não perderem o conteúdo das aulas, Adriana diz que aguarda a liberação do mesmo, mas compreende o atraso. “Não cobramos, pois sabemos que a situação está difícil para todos”, afirma.
A pedagoga da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), Cíntia Pattaro, ensina como alertar as crianças de que a situação é séria e exige cuidados. O primeiro passo é contar que esse período não é férias ou fim de semana prolongado, mas um momento de risco em que muitas pessoas estão doentes. Manter a organização na rotina de estudos e brincadeiras, diz, é o mais indicado para fazer com que as crianças se distraiam. “Os responsáveis devem estabelecer horários de estudo e, de acordo com a faixa etária da criança, determinar atividades domésticas para realizar com os pais”, explica.
Para estimular a concentração e fazer com que as energias sejam gastas, a pedagoga recomenda a confecção de brinquedos em casa. “Ajuda a exercitar a atenção da criança, que leva bastante tempo se dedicando a isso”, afirma.
Tatiana Gasques, moradora em Santo André, é mãe de dois meninos, de sete e 15 anos, e conta que o adolescente passa a maior parte do tempo no celular, enquanto o menor inventa brincadeiras e, muitas vezes, a inclui na atividade. Sobre os estudos, afirma que a escola do primogênito propôs alternativa para que o jovem não fique sem o conteúdo das aulas. “Pediram o contato dos alunos para formarem um grupo e compartilharem as aulas via Whatsapp”, diz. (Colaboraram Ingrid Santos e Nathalie Oliveira)