Ribeirão Pires e Sesi não se entendem e risco da cidade perder colégio cresce

Sesi de Ribeirão Pires funciona em imóvel alugado no Centro. (Foto: Google)

As tratativas entre a prefeitura de Ribeirão Pires e o Sesi (Serviço Social da Indústria) sobre a manutenção do colégio na cidade não avançaram. Dentre as unidades educacionais do Sesi no ABC, essa é a única que não está em prédio próprio e a intenção da entidade é fechar a escola e transferir os alunos, assim que um novo prédio ficar pronto na Vila Vitória, em Mauá. A opção seria o município oferecer um imóvel, mas apesar de ambos lados dizerem que há tratativas, elas não avançaram e, até o momento a posição do Sesi é pelo fechamento do colégio de Ribeirão Pires, onde estudam 380 jovens nos Ensinos Fundamental e Médio.

Há quatro anos, a entidade ligada ao setor industrial pretende fechar a unidade que mantém na cidade, que já até já mudou de lugar e hoje ocupa um imóvel alugado na rua Capitão José Galo, no Centro. Em 2020 o anúncio dizia que a escola de Ribeirão encerraria as atividades em 2023, mas, no ano passado, o prazo foi adiado para 2025, até que o prédio de Mauá fique pronto. Agora a situação é que a obra na cidade vizinha está atrasada, porém as intenções do Sesi não mudaram, o que demonstra que a negociação com a prefeitura ainda não deu certo.

Newsletter RD

“O Sesi informa que até o momento não houve avanço significativo sobre locais que poderiam abrigar uma unidade do Sesi em Ribeirão Pires, que atualmente está em um prédio alugado.  Com isso, a entidade deverá transferir os alunos para a nova unidade que está sendo construída em Mauá. Entretanto, não há no momento uma previsão de término das obras, pois a construtora teve o contrato rescindido devido ao não cumprimento das cláusulas contratuais. Atualmente o Sesi mantém 380 alunos nos ensinos Fundamental e Médio. Em todo ABC, que atende quase 6.900 alunos, sendo 4.800 no Fundamental e 2.060 no Médio, não existe situação semelhante a de Ribeirão Pires”, disse o Sesi, em nota enviada ao RD.

Enquanto o posicionamento do Sesi já parece sepultar qualquer esperança de que o colégio permaneça na cidade, a prefeitura diz que ainda acredita em negociação. “Prefeitura de Ribeirão Pires esclarece que mantém diálogo aberto com famílias de estudantes e gestores do Sesi para as tratativas sobre a permanência da instituição do município. Tanto governo do Estado quanto prefeitura indicaram áreas para concessão ao Sesi. As negociações seguem em andamento”, resumiu a administração.

Em maio deste ano o Sesi de Ribeirão Pires vai completar 60 anos, e pode ser o último aniversário do colégio. Na negociação a prefeitura chegou a ceder o terreno da antiga Fábrica de Sal para o Sesi, o acordo chegou a ser firmado em meados de 2018, mas como o imóvel é tombado em nível estadual, o Ministério Público interveio e a prefeitura então sugeriu que o Sesi ficasse com parte do terreno e a prefeitura com as ruínas, mas o Sesi não aceitou. A escola já funcionou em imóvel próximo ao morro São José, mas após um deslizamento de terra perto do prédio, mudou-se para a Firp (Faculdade de Ribeirão Pires) e depois para o prédio em que se encontra hoje.

 

Receba notícias do ABC diariamente em seu telefone.
Envie a mensagem “receber” via WhatsApp para o número 11 99927-5496.

Compartilhar nas redes