Nesta quinta-feira (27/02) completam-se 50 dias do desaparecimento de Ivanir Terezinha Alves, de 54 anos. A moradora do bairro Paulicéia, em São Bernardo, saiu de casa no dia 8 de janeiro para buscar remédios no Centro da cidade, deste então não foi mais vista.
A família mantém as esperanças de encontrá-la viva, mas tanto as informações apuradas pela polícia como as que a própria família conseguiu, não deram em nada. Ivanir é dependente química e já passou alguns dias fora de casa, mas nunca esteve tanto tempo sem contato com a família.
Apesar do tempo decorrido o esposo Jorge Salgueiro se mantém esperançoso de encontrar a mulher viva. Desde o desaparecimento ele mesmo tentou fazer buscas por conta própria, conversou com usuários de drogas e pessoas com quem a Ivanir tinha contato. Ele chegou a obter algumas informações.
Nas ruas Ivanir é conhecida pelo apelido de “Professora”. “Eles a chamam assim porque ela é muito pacífica. Todos com quem conversei disseram que aconteceu o pior, mas eu prefiro manter a esperança”, diz o esposo.
Em uma das conversas com usuários de drogas que afirmam ter estado com Ivanir, o marido ouviu informação de que ela teria sido morta e seu corpo enterrado em um matagal na divisa de São Bernardo com Diadema. A delegada Kátia Regina Cristófaro Martins, titular da Delegacia de Homicídios de São Bernardo, informou que os investigadores estiveram lá no dia seguinte ao do registro do boletim de ocorrência, escavaram o local e nada foi encontrado.
Para a polícia o rastreamento da mulher desaparecida é feito em todo o estado. “Quando acontece um desaparecimento o RG da vítima é bloqueado, então em qualquer lugar que ela apareça, que seja internada ou que algum serviço recolha as impressões digitais, vai automaticamente informar a polícia. Enquanto ela não for encontrada a identidade fica bloqueada”, explica a delegada. “Acredito que ela deve estar em algum lugar desorientada. Não temos nenhum indício de que ela tenha sido morta”, continua a policial.
Os familiares depois dos primeiros dias pararam com a investigação paralela que estavam fazendo por questões de segurança. “Não estou desanimado”, disse o marido. “É que a família pediu que eu não vá mais atrás, a própria polícia também pediu para que deixasse esse trabalho para eles”, disse Salgueiro. “Mesmo assim tenho procurado ajudar o trabalho da polícia”, conclui.