Ganhar um animal de estimação no Natal pode ser uma surpresa incrível para os amantes de pet. Muitas crianças, inclusive, pedem bichinhos nesta época do ano. No entanto, alguns fatores devem ser levados em consideração antes da adoção ou compra, alerta o veterinário Jorge Morais, fundador da rede de cuidados para pets, Animal Place. “Sem o consentimento prévio da pessoa que vai cuidar do animal, esta decisão é arriscada”, afirma.
Além das inúmeras responsabilidades que o tutor tem no dia a dia, o bichinho dependerá exclusivamente do dono para ficar bem e com saúde. “É importante saber se quem o receberá dispõe das condições básicas necessárias para cuidar desse animal. Um local apropriado, recursos para alimentação e cuidados veterinários, disponibilidade de tempo para exercícios e higiene do pet são requisitos básicos”, ressalta Morais.
A convivência com crianças, de acordo com o veterinário, é benéfica aos animais, já que as brincadeiras são necessárias para o bem-estar físico e emocional dos pets. Porém, é preciso lembrar que elas não são capazes de assumir todas as responsabilidades inerentes aos tutores. “Os pais precisam estar conscientes de que dividirão essa responsabilidade com os filhos”, afirma.
Com tempo médio de vida entre 10 e 15 anos para cães e até 20 anos para gatos, é preciso ter cautela sobre a espécie a ser dada de presente, que deve ser compatível com a vida e as condições dos futuros donos. Roedores, como o porquinho-da-índia, são uma boa escolha para quem vive em apartamentos ou casas pequenas e para pessoas mais velhas. “Eles têm um tempo de vida menor em relação aos cães e gatos. Vivem de 6 a 8 anos”, completa o veterinário.
Se essas questões são adaptáveis ao novo integrante do lar, então este é o momento certo de presentear a pessoa amada e oferecer apoio na criação do animal.