Bolsas de NY fecham sem direção única com Fed, comércio e balanços no radar

Os mercados acionários americanos chegaram ao fim do pregão desta quinta-feira, 31, sem direção única e próximos das máximas do dia, em uma sessão marcada pela valorização dos papéis de empresas de tecnologia. A pausa no processo de elevação de juros nos Estados Unidos também esteve no radar, assim como as negociações comerciais entre autoridades americanas e chinesas, diante de novos requisitos feitos pelo presidente Donald Trump, em seu perfil no Twitter, a Pequim.

O índice eletrônico Nasdaq se mostrou fortemente apoiado pelas techs e fechou em alta de 1,37%, aos 7.281,74 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,86%, para 2.704,10 pontos. Já o índice Dow Jones destoou dos demais e recuou 0,06%, para 24.999,67 pontos, a um triz de fechar, novamente, acima dos 25 mil pontos. O índice de volatilidade VIX, por sua vez, encerrou no menor nível desde dezembro, ao cair 6,17%, para 16,57 pontos.

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Balanços corporativos voltaram ao radar dos agentes. Preteridas no ano passado, as empresas de tecnologia voltam, aos poucos, a ser procuradas por investidores. O setor de comunicação do S&P 500, composto, majoritariamente, por giant techs, como Alphabet (Google), Netflix e Facebook, saltou 3,74% nesta quinta-feira, para 152,75 pontos. Grande parte dessa valorização veio da empresa comandada por Mark Zuckerberg, cujo papel saltou 10,82%. Diversas instituições financeiras, como Deutsche Bank, Canaccord Genuity e Morgan Stanley, elevaram o preço-alvo da ação do Facebook, que, na quarta, divulgou lucro recorde no quarto trimestre de 2018.

As ações do Facebook, contudo, não foram as únicas a apresentarem valorização entre as techs. Enquanto a Amazon subiu 2,89% diante da expectativa com o seu balanço, a Apple avançou 0,72% e a Alphabet, controladora do Google, viu seu papel ter alta de 2,54%.

A recuperação das empresas de tecnologia foi um dos fatores a possibilitar forte avanço nos principais índices acionários em Nova York neste mês de janeiro. O Dow Jones, que subiu 7,2%, e o S&P 500, que ganhou 7,9%, apresentaram o melhor desempenho mensal desde outubro de 2015. Já o Nasdaq saltou 9,7% no mês, a melhor performance desde outubro de 2011. Além disso, foi o melhor desempenho para um mês de janeiro em 30 anos.

“A flexibilidade que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tem telegrafado nos dá um pouco mais de tempo para talvez prolongar este ciclo econômico e o atual bull market. Isso é mais uma reação à política de taxa de juros do que a dados econômicos que abrem caminho para o mercado”, afirmou o chefe de investimento global da USAA Asset Management, Wasif Latif.

No pano de fundo, além do Fed, está a trégua comercial entre EUA e China. Nesta quinta-feira, autoridades americanas e chinesas se reuniram em Washington para discutir as relações comerciais entre as duas maiores economias do globo. A expectativa dos agentes é para que um acordo seja firmado até o prazo de 1º de março. Entre as ações fortemente relacionadas às negociações, a 3M subiu 0,52% e a Caterpillar avançou 2,34%. A General Electric, por sua vez, se valeu de seu balanço para fechar em alta de 11,65% nesta quinta-feira.

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