Todos os dias, Geraldo Alves Feitosa Junior, fura o dedo pelo menos três vezes para tirar uma gota de sangue e medir a taxa de açúcar. Acontece que na última vez que foi à unidade básica de saúde (UBS) Parque das Américas, em Mauá, recebeu somente uma caixinha com 50 tiras, metade do que normalmente retira, e foi alertado de que o hospital estava com falta de material.
Segundo Geraldo, a situação não é isolada no Parque das Américas, se repete também nos outros postos de saúde da cidade há pelo menos um mês. A assistência farmacêutica de Mauá justificou a falta do material por conta do aumento do número de solicitações e, informou ainda que já realizou novo pedido de acordo com a necessidade e que deve chegar em até 15 dias. “Nós (diabéticos) não podemos ficar tanto tempo sem as fitas, é um risco para a saúde e um descaso total com os pacientes”, reclama Geraldo.
Faltam exames
Além da falta de medidores de glicemia nos postos de saúde, o paciente apontou que as unidades também deixaram de fazer exames de sangue nos pacientes sem informar o motivo da interrupção. “Disseram apenas que estão fazendo o exame somente em casos de urgência e emergência. O meu pedido médico vai vencer e eu não consegui fazer o procedimento”, acrescentou.
Em nota, a Prefeitura de Mauá informou que os exames são realizados conforme avaliação de prioridade médica e que a Secretaria de Saúde está em processo de readequação de contrato com o laboratório de exames a fim de regularizar a situação.