ABC - segunda-feira , 29 de abril de 2024

Thiago Neves admite incômodo como ‘falso 9’ e vê má fase ofensiva do Cruzeiro

Campeão estadual, o Cruzeiro precisou de apenas três partidas para esquecer o título e fazer um princípio de crise se aproximar da Toca da Raposa II. Sem vencer e nem marcar gols nestes jogos, o time celeste viu a pressão tomar conta do elenco, e ela pode se tornar ainda maior em caso de novo tropeço diante da Universidad de Chile, quinta-feira, no Mineirão.

Se perder em casa, o Cruzeiro estará próximo de cair na primeira fase da Libertadores. Para evitar tal vexame, o time aposta em suas principais peças, entre elas Thiago Neves. Mas o meia admitiu nesta terça-feira o incômodo pela forma como vem sendo escalado por Mano Menezes, como um “falso 9”.

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“Não sou de jogar de costas, não gosto, prefiro vir de trás, organizando. Gosto de tocar o tempo inteiro na bola. Quando fico à frente, é um pouco complicado, mas a gente vai porque um ou outro não está bem. O Mano prefere colocar o Arrascaeta e em alguns jogos do ano passado deu certo. Mas o importante é estar dentro. E no campo, a gente resolve, acha o posicionamento certo”, declarou.

Thiago Neves mostrou incômodo também com a sequência de resultados ruins do Cruzeiro. No Brasileirão, são duas derrotas por 1 a 0, para Grêmio e Fluminense. Na Libertadores, o empate por 0 a 0 com a mesma Universidad de Chile em Santiago teve gosto amargo. Nestes três jogos, o time mineiro abusou dos gols perdidos.

“Depende da sorte. Tem momentos que ela está do seu lado, em outros não. Está faltando um pouco para nós. Acho que o único jogo que foi abaixo, e a gente reconhece, foi contra o Vasco. Os outros foram difíceis, mas impusemos nosso ritmo. Agora, a bola precisa entrar, e vai acontecer na quinta. Que seja de 1 a 0, é o que a gente precisa, a bola vai ter que entrar de qualquer jeito para apagar essa fase ruim do ataque”, afirmou.

O próprio meia, no entanto, avisou que não basta os atacantes evoluírem até quinta-feira. “O time tem que estar inspirado, não só eu. Eu vou estar, preciso que o Henrique esteja, e vai estar, o Robinho… Não adianta um jogador estar inspirado. Pode decidir a partida, mas não ganha uma competição. Montamos o time para ser campeão da Libertadores, não para ganhar o jogo de quinta. Então, temos a consciência de que todo mundo precisa estar bem.”

Entre os mais criticados pela torcida nesta sequência ruim, Henrique mostrou incômodo com os comentários nesta terça. O volante lembrou de sua história pelo Cruzeiro e se viu como uma espécie de “bode expiatório”.

“A gente sabe que o torcedor é muito emoção, imediatismo, esquece muito rápido das coisas. Trabalho todos os dias, nunca me acomodei e nem me acomodarei. Me entrego ao trabalho. Dentro de campo, às vezes, quando as coisas não estão bem, tendem a apontar um foco, mas temos que olhar o conjunto. Tenho que ter cabeça boa, saber da minha condição para reverter”, comentou.

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