O número de civis mortos nos confrontos entre as tropas de coalizão e os grupos rebeldes iraquianos caiu 36% em junho em relação a maio, para o menor nível este ano. A informação é do governo do Iraque. A queda acontece simultaneamente ao aumento do número de soldados norte-americanos no Iraque desde fevereiro, mas as autoridades militares norte-americanas consideram prematuro atribuí-la ao acréscimo de tropas. As mortes de norte-americanos, no entanto, estão nas máximas.
Pelo menos 1.277 civis iraquianos foram mortos em junho, junto a 190 policiais e 31 soldados, disse uma autoridade do escritório de operações do Ministério do Interior do Iraque, que não quis se identificar por não estar autorizada a revelar os números. Em maio, o número de civis mortos foi de 1.949, com 127 policiais e 47 soldados.
Junho foi o mês de maiores perdas para o Exército norte-americano no Iraque desde o início da incursão das forças estrangeiras no Iraque, em março de 2003, somando 303 mortos. O número é superior aos 316 soldados norte-americanos mortos entre novembro de 2004 a janeiro de 2005.
Em janeiro, o presidente dos EUA, George W. Bush, enviou cerca de 30 mil soldados do Exército, das Forças Aéreas e da Marinha para o Iraque, numa tentativa de estabilizar a violência na capital. A operação de segurança em Bagdá foi lançada em meados de fevereiro.
A precisão dos números sobre mortos no Iraque é normalmente duvidosa, que podem, na verdade, refletir apenas uma parte das mortes no país. De qualquer modo, sugerem queda na violência contra civis desde que os EUA intensificaram suas operações.
O comandante das forças norte-americanas em Bagdá, o major general Joseph F. Fil Jr, informou sexta-feira que as forças de segurança norte-americanas e iraquianas controlam entre 48% a 49% das 474 localidades nos arredores de Bagdá. (AE)