Juros dão continuidade à trajetória de queda

Os juros futuros fecharam em queda nesta sexta-feira, 20, em relação aos ajustes de ontem. Segundo profissionais do mercado de renda fixa, o movimento foi uma continuidade do recuo da véspera, quando as taxas foram puxadas pela divulgação do IPCA-15. Hoje, o discurso de posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi considerado genérico por profissionais de renda fixa. Como o republicano não detalhou suas intenções sobre acordos comerciais ou mesmo sobre imigração, o mercado sentiu-se aliviado, afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, Luciano Rostagno.

O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) também não chegou fazer preço. Segundo um profissional de uma mesa de renda fixa de uma gestora, embora os resultados tenham vindo melhores do que as medianas das estimativas, ainda representam cenário negativo.

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De acordo com o Caged, o Brasil fechou 1.321.994 de postos formais de trabalho no ano passado. As estimativas iam de um corte total de 1,500 milhão a 1,330 milhão de vagas, com mediana negativa em R$ 1,442 milhão (levantamento Projeções Broadcast). Apenas no mês de dezembro, quando geralmente há mais demissões em função da dispensa de temporários, foram fechados 462.366 postos com carteira assinada. Para este dado, as projeções apontavam corte entre 610 mil e 430 mil vagas, com mediana negativa em 545 mil.

No fim da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2018 marcou 10,930%, ante 10,975% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2019 tinha taxa de 10,40% ante 10,45%. Já o contrato com vencimento em janeiro de 2021 projetava 10,62% de 10,70% no ajuste anterior.

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