Uma mensagem postada pelo prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), nesta segunda-feira (15) não foi vista com bons olhos pelo governo Donisete Braga (PT). Para exaltar sua própria gestão, o peemedebista usou como exemplo as enchentes que assolaram Mauá. Intencionalmente ou não, o texto acabou soando como crítica à gestão petista, o que gerou desconforto no Paço mauaense.
Deselegante
Disse Saulo: “Graças a Deus e ao nosso planejamento antecipado, Ribeirão Pires não verá imagens como essas dos alagamentos que aconteceram hoje em Mauá. A limpeza feita nos bueiros como prevenção, garante que nossa cidade não sofra com alagamentos com essa proporção. Outra ação importantíssima para evitar alagamentos foi o desassoreamento do rio ao longo da Avenida Valdírio Prisco. Também é preciso lembrar que a colaboração da população, não descartando lixo nas ruas, é de extrema importância”.
Falou demais
A fala de Saulo equivale, na interpretação de nomes do governo Donisete, a dizer que os alagamentos em Mauá foram fruto da falta de planejamento da Prefeitura, que não teria limpado os bueiros. Pegou mal.
Cadê o post?
O próprio prefeito de Mauá teve acesso ao texto e não gostou nem um pouco do que leu. Donisete entrou em contato com Saulo e exigiu que o texto fosse apagado. Benevides acabou deletando o post antes que o desgaste tomasse proporção de crise diplomática…
Vanessa critica 1
Quem também falou sobre as enchentes foi a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), que acusou a Prefeitura de Mauá de “falta de planejamento e descaso” e de não limpar córregos e bueiros.
Vanessa critica 2
Mas também sobraram críticas da parlamentar ao governo do Estado: “Infelizmente o Governo do estado mergulhado no apadrinhamento político e num verdadeiro “mar de lama” de desvios de recursos, no DAEE, órgão vinculado a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos deixou que os interesses particulares se sobrepusessem aos interesses da população do Estado, entregando a licitação deste serviço para o mesmo grupo de empresas que saqueia os cofres públicos recebendo sem executar os serviços em todas as concorrências desta secretaria”, disse a deputada, em referência à limpeza dos piscinões, que tem sido realizada pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica).
Temporal
De acordo com a Prefeitura de Mauá, a cidade recebeu em média 43 mm de chuvas nessa segunda. Os maiores índices de chuvas foram registrados no Capuava (62mm), Parque das Américas (61mm) e Jardim Paranavaí (53mm). Em outras regiões, os números foram os seguintes: Zaíra (32mm), Oratório (12mm), Anchieta (11mm) e Feital (9mm).
Porque encheu
Em nota, a Prefeitura de Mauá falou sobre a enchente da avenida João Ramalho: “A Secretaria de Serviços Urbanos realizou a desobstrução da tubulação que impedia a água escoar. A sujeira era proveniente de restos da limpeza do piscinão que foi realizada pelo DAEE ao longo do mês de janeiro e também dos descartes irregulares de lixo nas vias públicas. Esse problema ocasionou o maior ponto de alagamento da cidade na avenida João Ramalho nas proximidades do Teatro Municipal. A água no local baixou imediatamente após o trabalho realizado pela SSU”.
Sem AME
Por causa da forte chuva que atingiu Mauá, o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) não vai funcionar nesta terça-feira (16). A água do temporal invadiu a unidade e os funcionários precisarão dedicar o dia para limpar e higienizar o local. “Todas as consultas e exames marcados para esta terça-feira serão reagendados para a data mais próxima possível”, afirmou a Secretaria Estadual da Saúde, em nota.
Homenagem
A cerimônia de entrega dos uniformes para alunos da rede municipal de ensino de Mauá, nesta segunda-feira (15) se transformou em homenagem a Marli Rodrigues de Souza, servidora da Educação que faleceu no dia 5 de fevereiro. A entrega das roupas aconteceria justamente no dia 5, mas Marli passou mal minutos antes do evento começar. O auditório do Centro de Formação de Professores, onde a entrega ocorreu, ganhará o nome da professora.
Merendas 1
Diante da ameaça de greve das merendeiras que atuam na rede municipal de ensino de São Bernardo, a Prefeitura adotou estratégia que conseguiu, pelo menos por ora, resolver o problema. As profissionais do setor queriam cruzar os braços porque não estavam recebendo salário da empresa responsável pelo serviço, a ERJ Alimentação e Restaurante. Esse atraso no pagamento nada tinha a ver com os repasses da Prefeitura, que estão sendo realizados em dia. O problema é que o dinheiro repassado pelo Executivo era sequestrado sempre que caia na conta da empresa, que passa por recuperação judicial. Assim, passou a faltar verba para pagar os salários…
Merendas 2
A solução encontrada foi a própria Prefeitura pagar o salários das merendeiras, sem passar pela conta da empresa. A solução definitiva para o imbróglio ocorrerá quando for finalizada licitação para escolher uma nova empresa fornecedora de merendas.