Em meio às mudanças políticas por causa do período eleitoral, a Câmara de Diadema aprovou na sessão desta quinta-feira (14), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017 que prevê um orçamento de R$ 1,2 milhões. Das 60 emendas protocoladas pelos vereadores, 42 foram aprovadas por unanimidade. O fato aconteceu após a saída de Luiz Paulo (PR) do bloco governista.
Nos bastidores, o Governo diademense considerava que tinha a maioria simples (11 vereadores) para derrubar todas as emendas, mas após o Luiz Paulo anunciar que estava migrando para a oposição, os governistas articularam para que algumas emendas fossem retiradas. A sessão foi suspensa por 30 minutos para que todas as arestas fossem cortadas e assim, apenas 18 emendas foram deixadas de fora com a justificativa de serem inconstitucionais ou de serem agraciadas pelas que permaneceram.
Uma emenda, a que destina R$ 3 milhões para festas populares, de autoria do vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), foi modificada. A princípio foi colocado no texto as palavras “carnaval” e “festa junina”, como existia uma divergência do vereador Pastor João Gomes (PRB) em torno da folia carnavalesca, as palavras foram retiradas. Nos últimos anos, propostas parecidas foram motivo de polêmica na cidade devido a suspensão dos desfiles das escolas de samba que não acontecem desde 2012.
Assim foram aprovadas 12 emendas de Maninho, 11 do vereador Ronaldo Lacerda (PT), cinco de Orlando Vitoriano (PT) e mais cinco de Wagner Feitosa, o Vaguinho do Conselho (PRB), quatro de Josa Queiroz (PT), três de Lilian Cabrera (PT) e duas emendas de Luiz Paulo (PR). Governistas não sabem se o prefeito Lauro Michels (PV) irá vetar alguma das propostas.
“Não considero que seja ruim essa entrada de emendas, pois é uma prerrogativa dos vereadores. Tudo foi conversado e aprovamos isso sem problemas. Agora é sair de recesso e esperar os próximos projetos que vão vir”, afirmou o líder de governo, José Augusto da Silva Ramos (PSDB).