Acordo salva 1,2 mil trabalhadores na GM

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O Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano e a General Motors (GM) fecharam acordo salarial e, de quebra, salvaram da demissão 1,2 mil trabalhadores que estão em layoff. A expectativa era de que os empregados fossem desligados da empresa no dia 8 de maio, mas a montadora aceitou estender o afastamento por mais cinco meses prorrogáveis automaticamente por mais quatro meses e desistiu  da exigência de retirar a cláusula 42 da Convenção Coletiva de Trabalho.

A cláusula 42 foi o grande empecilho nas negociações que duraram o mês de abril inteiro. O item garante a estabilidade no emprego em caso de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais. A GM tem cerca de 800 empregados nessas condições. Outro ponto que travava as conversações era a redução do percentual do adicional noturno de 30% para 20%, exigência que a montadora abriu mão.
“A aceitação da continuidade da cláusula 42 e a manutenção do percentual de adicional noturno representa uma grande vitória do sindicato nessa batalha pela manutenção dos empregos”, afirmou Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.

Quanto aos funcionários afastados, além de garantirem seus empregos por mais nove meses, caso sejam demitidos imediatamente após o período negociado, terão direito de receber três salários de multa.

Acordo
Pelo acordo fechado, os salários não serão indexados ao INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor). Mas os trabalhadores vão receber abono de R$ 8 mil, sendo R$ 4 mil no dia 6 de maio e R$ 4 mil no dia 12 de agosto. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR), no valor de R$ 11.784, será paga em duas vezes: uma parcela de R$ 6 mil no dia 6 de maio e R$ 5.784 no dia 16 de janeiro do ano que vem.
Em 2017 haverá indexação de 70% do valor salarial ao INPC e os 30% restantes serão pagos como abono de R$ 3.000 no dia 24 de abril. O acordo foi aprovado pelos trabalhadores da multinacional durante assembleia realizada pelo sindicato na tarde desta quinta-feira (28).