Custo elevado dificulta enterramento de fios

Na região, o enterramento de fiação ainda fica restrito ao entorno de Paços Municipais e a poucas vias das regiões centrais. O custo elevado para fazer esse tipo de operação é o que impede que outros locais do ABC sejam beneficiados.

O que o Paço de Santo André, a avenida Perimetral, a Praça da Sé e a rua Oscar Freire têm comum? São todos lugares onde as fiações elétricas e telefônicas não estão à vista. Os fios são subterrâneos, longe dos olhos de quem passa nestes locais.

As vantagens deste tipo de medida são inúmeras. O benefício mais evidente é o estético. Uma cidade sem fiações aéreas ficaria mais bonita. Mas há também outras vantagens, como a diminuição da exposição dos fios à agentes externos, como chuvas e galhos de árvores. Mesmo com tantos pontos positivos, o enterramento de fios ainda é raridade, na capital e principalmente no ABC.

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Custo e negociação

Na região, o enterramento de fiação ainda fica restrito ao entorno de Paços Municipais e a poucas vias das regiões centrais. O custo elevado para fazer esse tipo de operação é o que impede que outros locais do ABC sejam beneficiados.

“Estamos em negociação [para enterrar fiação] em algumas vias da cidade, mas não é uma negociação simples. É caro”, explica o secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos de Santo André, Paulinho Serra.

A negociação envolve a definição de quem vai pagar a conta do enterramento dos fios. A AES Eletropaulo não tem obrigação de fazer o investimento, portanto para as intervenções se tornarem realidade é preciso chegar a um acordo com o poder público, que pode bancar pelo menos parte da obra.

“Ainda é bastante alto o custo, mas estamos avaliando onde tem mais condição de fazer. A gente espera até o final do ano ter alguma coisa nesse sentido, mas não temos nada confirmado ainda”, explica o secretário.

De acordo com o departamento de Manutenção e Obras de Santo André, o custo para enterrar a fiação é de aproximadamente R$ 5 mil por metro. A negociação envolve também outras concessionárias, como as operadoras de telefonia e TV, que também utilizam fiação aérea.

Na rua Oscar Freire, na capital, o enterramento dos fios custou cerca de R$ 8,5 milhões e foi bancado por prefeitura, iniciativa privada e Eletropaulo.

LED

Enquanto o enterramento de fios não avança, Santo André prepara uma série de investimentos em iluminação pública. A prefeitura anunciou na última sexta-feira (6) a terceira fase do programa Banho de Luz.

De acordo com a Administração, serão instaladas 3,2 mil lâmpadas de LED até abril de 2015. A estratégia desta fase consiste basicamente em três ações: levar iluminação para bairros que não contavam com o serviço, trocar luminárias antigas por novas e instalar lâmpadas de LED em corredores de grande circulação.

Alguns dos bairros que contam com pouca ou nenhuma iluminação e vão receber investimentos são o núcleo Lamartine (que vai ganhar 190 pontos de luz), Jardim do Cipreste (250 pontos), Piracanjuba (10), além de 250 pontos em praças diversas.

Diversos pontos da cidade vão ganhar lâmpadas de LED. A primeira avenida a receber investimentos é a Capitão Mário Toledo de Camargo, ainda neste mês.

Outras vias são as avenidas Prestes Maia, das Nações, Itamarati e ruas Itambé, das Figueiras e das Bandeiras.

A avenida da Paz também está na lista, o que deve beneficiar os alunos da UniABC e da USCS, que precisam utilizar a estação Utinga da CPTM. O investimento total na nova fase do Banho de Luz é de R$ 12 milhões.

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