Se a indústria não inovar está fadada a falência, alerta Fiesp

Santos apostou na inovação para salvar a empresa / Foto: Pedro Diogo

A indústria não consegue quantificar o tamanho da falta de investimentos em inovação, mas sabe que se não inovar está fadada até a falência. Esta foi a mensagem da Fiesp-SP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), durante o lançamento do Projeto de Inovação Tecnológica Fiesp-Ciesp-Senai do ABCD, nesta quinta-feira (09/08), na Escola Senai Mario Amato, em São Bernardo.

O encontro reuniu 50 empresários de indústrias da região para esmiuçar o programa, concebido pela Fiesp em parceria com o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).

Newsletter RD

“A intenção foi mostrar a importância da inovação, porque se não inovar, as empresas ficam para trás, como é o caso da Kodak, que era uma empresa de ponta e que hoje está falida”, afirmou Paulo Sérgio Pereira Rocha, especialista em competitividade e tecnologia da Fiesp-SP. O especialista citou também o fracasso da Nokia que, ao apostar no BlackBerry, sem adaptá-lo ao sistema Android, lançado pelo Google, perdeu espaço no mercado.

Para provar que a inovação pode trazer bons lucros, o encontrou apresentou cases de sucesso, um deles o de Emerson Lopes dos Santos, diretor-técnico da Proos, que contou como novas ideias salvaram a empresa de São Bernardo. “Éramos fabricantes de moldes e ferramentas, mas devido à concorrência nacional e internacional, nossos investimentos e tecnologia não eram suficientes”, disse.

Depois de muita pesquisa, a Proos passou a investir em baús e bauletos para motos em 2009. “Em menos de cinco anos, conseguimos ocupar a segunda posição nacional do segmento e inserimos a empresa no cenário internacional, especialmente na América Latina”, comemora.

A apresentação convenceu o empresário Wolney Rodrigues, de 76 anos, diretor-superintendente da Proxyon, também de São Bernardo. “O encontro foi produtivo, pois é um incentivo para que as empresas inovem. Não há forma melhor de se tornar competitivo”, comentou Rodrigues, que vai participar das outras cinco etapas do Projeto de Inovação Tecnológica.

Projeto
O programa tem seis etapas. Após a sensibilização e adesão dos empresários, apresentada nesta quinta-feira (9), o projeto segue com a capacitação de um promotor de inovação em cada uma das empresas participantes.

A capacitação em Gestão de Inovação, terceira etapa da ação, será realizada no início de outubro, quando entrará quarta fase do projeto, que é o diagnóstico de cada empresa para elaborar um Plano de Inovação. Esta é uma das fases mais longas, com previsão de sete meses de duração.

A seguir, as empresas receberão suporte para implantar os projetos elaborados em etapas superiores, fase que levará sete meses. Por fim, a sexta etapa consiste na elaboração de apresentação dos projetos para institutos de fomento, como a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), para conseguir financiamentos de futuras pesquisas e implantação dos projetos de inovação. O programa conta também com a participação da Agência de Inovação da USP (Universidade de São Paulo). 

Receba notícias do ABC diariamente em seu telefone.
Envie a mensagem “receber” via WhatsApp para o número 11 99927-5496.

Compartilhar nas redes