Comércio puxa faturamento das MPEs do ABC para baixo

Fim de ano traz expectativas. Foto: Évora Meira

O faturamento das micro e pequenas empresas do ABC caiu 3,2% em agosto, se comparado ao mesmo mês em 2013. A retração segue tendência estadual e o setor do comércio foi o que registrou maior queda, 16,6% no comparativo. O faturamento das MPEs da indústria caiu 3,5% e em serviços, queda de 1,6%.

Os dados são da pesquisa Indicadores Sebrae-SP, realizada com apoio da Fundação Seade, e indicam ainda que de janeiro a agosto deste ano, mantendo a comparação com 2013, as MPE’s paulistas (não só da região) acumulam queda de 1,2% de Receita Real. Este é o primeiro resultado negativo desde 2009.

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Segundo Cibele Sant’Anna Pestillo, consultora do Sebrae, o principal cuidado que os pequenos empresários devem ter estão relacionados ao controle de estoque, para que não acumule pagamentos com fornecedores, além da sua capacidade de recebimentos, que está diretamente ligado às vendas. “Controle o seu capital de giro, que deve sustentar o pagamento de despesas fixas, dentre as principais a folha de pagamento, aluguel e pró-labore (retirada dos sócios)”, orienta Cibele.

Como a maior queda setorial no Estado está no comércio, a dica é que aproveitem as datas comemorativas para elaborar estratégia para aumentar as vendas. “A próxima é a Black Friday (28 de novembro), e no nosso Escritório Regional do ABC está promovendo palestras sobre o assunto (http://www.sebrae.com.br).

Indicadores do Sebrae-SP apontam que, em agosto, a receita total dos MPEs acumulou R$ 47,4 bilhões. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, o déficit foi de R$ 4,6 bilhões. Se comparado com julho deste ano, quando o consumidor deu maior atenção à Copa do Mundo, agosto não foi tão ruim. A cifra do mês agosto alcançou R$ 1,7 bilhão a mais que em julho.

Criatividade e marketing são saídas para driblar economia fraca

Para driblar os resultados negativos, a criatividade e um bom plano de marketing são opções. Karen Lisboa criou a Club Lohas, empresa que presta serviços de preparação física e gestão de lazer em condomínios de luxo. Enxerguei o nicho pois vi que os condomínios viraram clubes e não havia ninguém para atender aos condôminos”, afirma. Ela possui 12 funcionários e não sente a crise econômica.

Quem também está na contramão do resultado da pesquisa foi Rogério Soares, dono da Luluxo, empresa que fabrica roupas para animais. Ele dobrou o faturamento nos nove primeiros meses de 2014, se comparado com o mesmo período do ano passado. “Pretendemos aumentar nossas vendas mais uns 30% ainda este ano e poderemos contratar mais 3 funcionários”, disse. Hoje ele possui nove.

Alex Pinto, dono da Pizzaria e Tecnologia lançou, no fim de 2010, o sistema multipizzas, que funciona como plataforma giratória dentro dos fornos para que todas as pizzas recebam mesmo calor. “Agosto e setembro foram meses ótimos. Mas em outubro tive queda de 50%”.

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