Servidores protestam em visita de Marinho na Câmara

Servidores de São Bernardo aproveitaram a presença do prefeito Luiz Marinho (PT) na Câmara Municipal para demonstrar a insatisfação a respeito da proposta de Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) elaborada pela administração.

Marinho visitou a Casa para entregar a LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2015, que prevê receitas de R$ 4,9 bilhões para o ano que vem.

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A categoria compareceu em peso ao Legislativo e pediu ao prefeito que não encaminhe a proposta para a Câmara. Os trabalhadores também solicitaram aos vereadores que o projeto não seja aprovado, caso a prefeitura encaminhe o texto para o Legislativo.

“Para nós o mais importante enquanto direção sindical é a um entendimento onde o trabalhador possa ter a sua reposição salarial, ganho real e melhoria da sua carreira”, afirma o presidente do Sindicato dos Servidores de São Bernardo, Giovani Chagas.

A atual proposta de PCCS foi rejeitada pelos trabalhadores em assembleia.

Entrave
A proposta de Plano de Cargos, Carreiras e Salários está na pauta do governo Marinho desde que o prefeito assumiu o cargo, em 2009. A prefeitura tentou aprovar o PCCS em 2011, mas a proposta foi rejeitada pelos servidores.

Desde então, a negociação entre governo e categoria se arrasta, com poucos avanços. “O fato da assembleia de servidores não aceitar a proposta, está agindo em prejuízo dos servidores”, afirma Marinho. “O plano era para ser implantado na gestão anterior, não foi. Era para ser agora, não foi. Desse jeito vai ficar para 2016. Quanto mais posterga, mais recurso adicional tem para investimento. O povo da cidade agradece. Se não pago o salário, faço investimento”, ironiza.

O prefeito se comprometeu, em seu discurso, a não enviar o projeto para a Câmara.

Orçamento
A previsão orçamentária entregue pelo prefeito nesta quarta-feira, de R$ 4,9 bilhões, é 4,2% maior do que a LOA entregue no ano passado, de R$ 4,7 bilhões. Dos R$ 4,9 bilhões previstos no Orçamento de 2015, 36% são referentes a repasses do governo federal.

Cerca de 22% do Orçamento será destinado à Saúde, seguido por Educação (20,7%) e Transporte (19,3%),

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