ABC tem 2.702.071 milhões de habitantes, diz IBGE

Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ABC teve aumento de 18.005 mil habitantes no último ano. A cidade que liderou o crescimento populacional foi São Bernardo, com aumento de quase seis mil pessoas. Santo André e Diadema tiveram aumento de cerca de três mil habitantes, o índice de Mauá cresceu quatro mil, enquanto Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra tiveram sua população aumentada em aproximadamente mil pessoas.

O professor de sociologia e coordenador do Núcleo de Formação Cidadã da Universidade Metodista de São Paulo, Oswaldo de Oliveira Santos Júnior, afirma que o crescimento populacional era esperado. “Ainda estamos numa fase de desenvolvimento que leva ao aumento da população”, explica. Acrescenta que esse aumento impacta diretamente a gestão dos municípios, pois demanda maior investimento em transporte, educação, moradia, atendimentos, saúde etc.

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O sociólogo destaca que São Bernardo supera até João pessoa, e não está muito atrás, em termos de população, de outras capitais do país. “Isso mostra a relevância econômica e política da cidade e consequentemente da região”, afirma.

Um dos pontos positivos citados por Júnior foi o crescimento econômico. “Aumenta a população, aumenta o consumo, e o mercado se beneficia com isso”, explica. Entretanto, ressalta que o trânsito e os atendimentos sociais (postos de saúde, por exemplo) podem ser afetados. “Existe um termo conhecido como macrocefalia urbana, quando a cidade não consegue acompanhar em serviços o crescimento da população, especialmente no quesito mobilidade. As obras não conseguem ter a mesma velocidade do aumento populacional”, explica.

“O aumento populacional sem a intervenção da gestão pública gera o caos. É preciso que a administração dos municípios se antecipe e se organize para poder atender às demandas da população num futuro próximo”, opina o sociólogo.

O Brasil tem 202.768.562 habitantes, aponta o Instituto. Dados específicos sobre cada município foram divulgados nesta quinta-feira, 28, e estão presentes em resolução publicada no Diário Oficial da União. Os números são aplicados nos cálculos de repasses de recursos aos municípios e são utilizados também pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A posição reflete a população no começo de julho deste ano.

O Estado mais populoso é São Paulo, com 44.035.304 habitantes. Roraima tem a menor população: 496.936 habitantes. Minas Gerais fica em segundo lugar, com 20.734.097 habitantes. O Estado do Rio de Janeiro tem a terceira maior população do País, com 16.461.173 habitantes.

O município de São Paulo é citado com 11.895.893 habitantes; o município do Rio de Janeiro, com 6.453.682 habitantes; Belo Horizonte, com 2.491.109 habitantes; Porto Alegre, com 1.472.482 habitantes; Recife, com 1.608.488 habitantes; e Manaus, com 2.020.301 habitantes. As tabelas apresentadas hoje mostram, também, que o País tem municípios com pequena população, como Borá, em São Paulo, com 835 pessoas. A localidade fica a cerca de 500 quilômetros da capital paulista.

O IBGE explica que as “Estimativas da População para Estados e Municípios”, com data de referência em 1º de julho de 2014, atende exigências estabelecidas pela Lei nº 8.443/1992 e pela Lei complementar nº 143/2013. Essas leis estabelecem que a “entidade competente do poder executivo federal fará publicar no Diário Oficial da União, até o dia 31 de agosto de cada ano, a relação das populações dos municípios, e até 31 de dezembro, a relação das populações dos Estados e do Distrito Federal, para os fins previstos na Lei nº 8.443”.

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