Sonho com a medalha olímpica, diz Hypólito

Diego Hypólito treina em São Bernardo há dois meses. Foto: Pedro Diogo

Há quase dois meses em São Bernardo, Diego Hypólito já se sente em casa com o novo clube. O atleta foi este ano a principal contratação da cidade no esporte olímpico. Natural de Santo André e com 28 anos, Diego Hypólito já faturou ouro nos jogos regionais em Osasco, na representação de São Bernardo. No dia 12, o bicampeão mundial do solo concedeu entrevista exclusiva para o RD, na qual falou sobre seus principais objetivos, a sua volta ao ABC e do vício do uso das redes sociais, onde gosta de postar fotos. Confira alguns trechos da entrevista, disponível no RDtv.

RD: Como está a adaptação na nova casa?

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Diego Hypólito: Estou muito contente, pois é uma fase muito importante na minha carreira. Pretendo ficar aqui no mínimo até as Olimpíadas e com visões de conquistar uma medalha olímpica, que é meu sonho e meu objetivo. Temos um ginásio novo e isso vai ajudar muito.

RD: Apesar do sotaque carioca, você é de Santo André. Já pode rever amigos de infância e parentes que estão no ABC?

DH: Eu conheço muita gente das cidades da região. Tenho muitos familiares por aqui, já visitei todo mundo. Realmente estou me sentindo em casa. Só o sotaque que estou me acostumando.

RD: Nos Jogos Regionais, em Osasco, você já faturou o ouro no salto sobre a mesa. Como foi já chegar e ganhar o título?

DH: Por equipe ficamos em segundo, mas foi muito bom. O objetivo de São Bernardo é de longo prazo, algo que fica confortável para os atletas. Conseguimos muitas medalhas e isso foi de extrema importância para a gente.

RD: Além do espaço, você mudou de treinador, fisioterapeuta, clube, enfim, quase tudo. Por que a mudança?

DH: Treinei durante 19 anos com o técnico Renato, agora é o Fernando. O importante é estar feliz e é isso que todos me proporcionam. Tenho um bom local de treinamento, uma boa equipe técnica e é tudo isso que me deixa bem.

RD: Em relação à Seleção Brasileira, neste ano você ainda tem o Mundial de Nanning, na China, ano que vem tem o Pan-americano, em Toronto, e em 2016 as Olimpíadas. Como está a preparação para as três competições?

DH: Vamos treinar em São Bernardo e em São Caetano com a seleção. Depois vamos para o Canadá disputar o pré Pan-americano e, antes do mundial, temos uma competição no Japão. É um ano de muitas competições, mas o importante é que agora eu tenho casa, sei que quando voltar terei onde treinar.

RD: Você é bicampeão mundial, tem medalhas no Pan, mas ainda não conquistou a medalha olímpica. Por essa vez ser no Brasil, a ansiedade está maior?

DH: Não é por ser no Brasil, mas o meu objetivo é ser medalhista olímpico e foi por isso que mudei tudo. Isso é o meu grande motivo que eu tenha vontade e me dedique cada vez mais. Tenho treinado bastante e me esforçado demais. Ser medalhista olímpico é um sonho pessoal.

RD: No começo do ano, sua companheira de profissão Laís Souza sofreu um acidente gravíssimo e corre o risco até de ficar sem andar. Como você analisa a situação da ginasta?

DH: A Laís era a menina que eu era mais próximo de São Paulo. Desde criança ela é muito minha amiga. Foi uma situação muito triste, mas ela é uma garota muito feliz e sempre demonstrou muita energia positiva. Já falei com ela, mas não tive a oportunidade de visitá-la, algo que quero muito. Para alguém que já fez muito pelo Brasil, não podemos a deixar passar essas dificuldades.

RD: Falam que seu principal hobby é estar nas redes sociais. Como é sua relação com as fotos?

DH: Antigamente meus patrocinadores reclamavam que eu não postava nada, hoje em dia eu acho que eu posto demais. Todos os dias eu posto uma foto. Geralmente coloco o que eu sou. Eu tenho página em outras redes sociais também, mas no Instagram eu faço tudo. Até fuçar na vida de quem não conheço.

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