ABC - sexta-feira , 10 de maio de 2024

Paciente morre após aplicação de botox em Santo André

Ivete faleceu na tarde de segunda-feira (22/07) durante procedimento estético numa clínica particular, localizada na rua Gonçalo Fernandes, 153, em Santo André.

Na tarde desta terça-feira (23), foi enterrado no Cemitério Assunção, em Santo André, o corpo de Ivete Machado Buosi, diretora adjunta de finanças do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo. Ivete faleceu na tarde de segunda-feira (22/07) durante procedimento estético numa clínica particular, localizada na rua Gonçalo Fernandes, 153, na cidade. Segundo o boletim de ocorrência policial (BO), a morte ainda é suspeita, no entanto a paciente de 70 anos sofria de problemas cardíacos.

O delegado titular do 1° DP de Santo André, Lupércio Antônio Dimov, afirma que o médico dermatologista responsável pela clínica, Ricardo Aparecido de Sousa, será ouvido nesta sexta-feira (26). “A princípio, não vislumbramos erro médico, nem negligência, devido ao histórico cardíaco da paciente não ser favorável a qualquer procedimento, por mais simples que seja”, esclarece o delegado. “É a primeira vez que a clínica passa por ocorrência policial”, afirma Dimov.

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Ainda segundo o BO, a paciente sofreu mal estar após a aplicação de botox e desmaiou. Em seguida, quando a ambulância do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou ao local, para realizar os procedimentos pertinentes de reanimação, Ivete Buosi não resistiu e faleceu às 18h10. O marido da vítima, Rubens Buosi, de 72 anos, disse ao RD que a esposa realizou cirurgia há um mês para introduzir cateter no coração, pois o histórico cardíaco não era muito favorável. “Desta vez ela nos deixou, mas depois da investigação do caso vamos saber o real motivo do falecimento”, lamenta o viúvo ao dizer que esta não foi a primeira vez que a esposa realizou procedimento na clínica estética de Ricardo Aparecido de Sousa.

O laudo do IML (Instituto Médico Legal) será emitido em 30 dias, após realização de exames toxicológicos para descobrir a causa da morte. De acordo com o delegado, o caso será esclarecido apenas com a apresentação do laudo. “A paciente pode ter sofrido um mal súbito, como pode ter tido alguma reação ao produto utilizado”, diz Dimov.

Stress ou ansiedade

Segundo Carlos Alberto Komatsu, diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a possibilidade de o procedimento levar ao óbito é praticamente nula, pois a dosagem do produto aplica é muito baixa. “Não há relação entre o histórico de saúde do paciente e a aplicação de toxina botulínica. No caso de a vítima ser cardíaca pode ter ocorrido stress ou ansiedade antes do procedimento e isso pode ter causado a parada cardíaca”, informa Komatsu.  

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