Para neutralizar o avanço político do venezuelano Hugo Chávez no continente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca na próxima quarta-feira (25) à noite para o Chile e na sexta-feira (27) irá à Argentina. Chávez e seu parceiro, o presidente da Bolívia, Evo Morales, têm colecionado atritos com a diplomacia brasileira. Kirchner ciceroneou o venezuelano por Buenos Aires em protestos contra a visita ao Brasil, em março, do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. O ato foi interpretado como um factóide diplomático pelo Itamaraty. Kirchner ciceroneou o venezuelano por Buenos Aires em protestos contra a visita do presidente George W. Bush ao Brasil, no mês passado.
A intensidade da aliança foi então recebida com preocupação em Brasília e uma contra-ofensiva foi planejada. Para evitar que Chávez se candidate ao papel de parceiro preferencial da Argentina, Lula fará uma visita de cortesia ao parceiro do Mercosul, na sexta-feira (27). Não será uma visita oficial. Nenhum acordo será firmado.
Antes, no Chile, Lula assinará diversos acordos bilaterais na visita que fará à presidenta chilena, Michelle Bachelet. Será a primeira visita de Estado desde que ela foi eleita, em 2005. O presidente será homenageado pelo Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), onde hoje trabalha o ex-ministro José Graziano, um dos mentores do Zero. Depois, fará uma palestra no Fórum Econômico da América Latina, que reunirá grandes empresários de países da região.