ABC - domingo , 13 de julho de 2025

Filha que admitiu ter matado a mãe em S.André vai responder em liberdade

O advogado Paulo Roberto e Talita deixam o 2° DP de Santo André após a justiça decidir que ela irá responder pelo crime em liberdade. (Foto: Reprodução Viva ABC)

Talita Maria Schiavon Cunha, de 33 anos, que é acusada de matar, por asfixia, a mãe Fernanda Soares da Cunha, na Vila Linda, em Santo André, foi solta na tarde desta quarta-feira (02/07) após audiência de custódia. O crime aconteceu no início da noite de terça-feira (01/07) na casa da família, pouco tempo após a vítima ter procurado ajuda na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). A tese da defesa de Talita é a de que ela apenas reagiu às agressões que sofria, mas não desejava a morte da mãe.

Ao longo do dia a defesa da jovem e os familiares contaram que Fernanda estava alterada, que já teria ameaçado as filhas antes. Também disseram que não houve discussão por conta de dinheiro. O pai da acusada e viúvo de Fernanda, disse que a família inclusive procurou benefícios da gratuidade para o sepultamento porque não tinha dinheiro.

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Depois da briga com a mãe, Talita acionou a GCM (Guarda Civil Municipal) de Santo André, confessou o crime e aguardou a chegada dos agentes que a detiveram. Em seguida ela foi levada para o 6° Distrito Policial e depois para a DDM. Nesta quarta-feira, em audiência de custódia, o Ministério Público não teria pedido a conversão da prisão em flagrante para  temporária e a justiça concedeu a liberdade provisória a Talita sob a condição de que a ré compareça quando for convocada pela justiça e que mantenha o Judiciário informado sobre seu endereço. A acusada, que estava detida no 2° Distrito Policial de Santo André, foi solta no fim da tarde, deixando a delegacia na companhia do advogado Paulo Roberto.

O advogado de Talita disse à imprensa que ela nunca teve a intenção de matar a mãe, que apenas se defendeu. “Ainda não temos uma linha de defesa, a princípio ela reagiu a uma violência que estava sofrendo. Ela estava com a filha no colo quando a mãe chegou vinda da DDM. Ela não tinha a menor intenção em resultar na morte da mãe, nunca teve essa pretensão. Tornaram a moça um monstro que matou a mãe sem saber o que acontecia. Era um relacionamento conturbado, não só com ela, mas com toda a família e a mãe estava em surto deste momento anterior quando foi à delegacia, por volta das 14 horas. Os policiais perceberam que ela não estava bem, chamaram a família para buscá-la, mas quando o marido chegou ela preferiu ir embora sozinha. Em casa ela encontrou a Talita e voltou a agredi-la. Ela não premeditou a morte da sua mãe, apenas reagiu a agressão de alguém que estava em surto”, disse Paulo Roberto.

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