ABC - sábado , 21 de junho de 2025

Aprovação do Refis em Diadema acaba em embate entre Jeferson Leite e PT

Em meio a segunda votação do projeto de lei sobre o programa de parcelamento de dívidas, o Refis, na sessão desta quinta-feira (22/05) da Câmara de Diadema, o que chamou a atenção foi a discussão entre o vereador Jeferson Leite e seus colegas da bancada do PT. Leite reclamou por não ter sido chamado para debater emendas ao projeto. Petistas não esconderam o rompimento político do parlamentar e sua participação efetiva na bancada governista.

A discussão ocorreu logo após a votação das emendas. As mudanças propostas pela bancada do PT como o aumento de 12 para 46 parcelas e a redução do valor mínimo de R$ 220 para R$ 53, foram rejeitadas por 17 votos a três (o vereador Josa Queiroz não estava presente na sessão). Leite votou contra e não escondeu seu descontentamento com os colegas de partido.

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“Eu fui completamente excluído da reunião que discutiu a elaboração dessas emendas. Quero deixar aqui a justificativa do porquê eu não segui a orientação da bancada. E dizer também que não concordo com a ideia de prorrogar, de estender ainda mais o parcelamento, poque ele vai descaracterizar o projeto que foi pensado por várias pessoas que estudaram o atual momento em que a Prefeitura se encontra. Os desafios que a gente tem hoje diante de uma arrecadação baixa, diante das finanças de uma Prefeitura que corre risco de entrar em colapso.”, disse Jeferson.

Na sequência, Orlando Vitoriano lamentou a rejeição das emendas e criticou o colega de Partido dos Trabalhadores. “Companheiro, normal você votar contra. Agora, vir dizer que a bancada foi antidemocrática ao não chamar vossa excelência para discutir. Vossa excelência demonstra, pelo menos politicamente, que não faz parte do Partido dos Trabalhadores.”, disse Vitoriano que considera que Leite está provocando sua saída do PT.

Votação criou novo capítulo na discussão entre PT e Jeferson Leite (Foto: Reprodução/Youtube/TV CM Diadema)

A líder da bancada petista, Patty Ferreira, chegou a iniciar sua justificativa de voto, mas acabou interrompida pelos outros vereadores que reclamavam que o momento era voltado para justificar o voto no projeto e não para debater questões internas do partido. Mesmo longe do microfone, os vereadores petistas continuaram discutindo.

Desde o início do ano, o movimento de Jeferson Leite para se aproximar do prefeito Taka Yamauchi (MDB) irritou muitos petistas. A possibilidade de uma saída fica cada vez mais clara a cada imagem de Jeferson ao lado do emedebista, inclusive participando de reuniões com a bancada governista.

O principal ponto é como realizar a saída. Pela lei da fidelidade partidária, para Jeferson deixar o PT sem perder o cargo é necessário um acordo ou uma prova de algum problema previsto em lei.

Aprovação

A única emenda aprovada foi assinada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Capel (PSD), e outros vereadores governistas. A ideia foi mudar o percentual de descontos de multa e juros para cada faixa de parcelamento. De uma a três parcelas o desconto será de 100%, de quatro a seis parcelas será de 80% e de sete a 12 parcelas será de 80%.

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